Estudo mostra maior incidência de casos de infecções em quem depila
Depilar, barbear e aparar os pelos pubianos quadruplica o risco de pegar uma infecção sexualmente transmissível
atualizado
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Fora do país a nossa depilação completa é conhecida como “brazilian wax” (depilação brasileira, em tradução literal) e está muito ligada a higiene.
Mas, apesar de muito famosa, tanto aqui, quanto em outros países, um estudo publicado na revista especializada Sexually Transmitted Infections (Infecções Sexualmente Transmissíveis), em 2016, mostra maior ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis (IST) como HPV, herpes, gonorreia, HIV, sífilis ou clamídia, em pessoas que depilam ou raspam os pelos pubianos. No entanto, a pesquisa não estabelece uma relação de causa e efeito entre os dois acontecimentos.
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Participaram do projeto 7.500 americanos, com idades entre 18 a 65 anos. Desse total, 74% (84% mulheres e 66% homens) declararam ter raspado, aparado ou depilado com cera, laser e outros métodos, os pelos pubianos. Esses participantes foram divididos em grupos: quem se depilava mais de 11 vezes em ano; quem fazia isso quase diariamente; semanalmente; e apenas ocasionalmente.
O resultado mostrou que a incidência de ISTs em todo o grupo estudado foi de 13% (975 pessoas). Quem tinha o costume de depilar com frequência teve incidência de 18%, os casos em quem nunca havia depilado a região púbica foi de 8% e quem fez isso uma única vez representou 14% de taxa de infecção.
Os pesquisadores levaram em consideração as diferenças de idade e a quantidade de parceiros sexuais dos participantes. Uma das teorias é que, com a depilação a pele fique machucada, mesmo que levemente, e a pessoa fique mais suscetível a entrada de vírus e bactérias. Se confirmada, o resultado poderá ajudar as campanhas de prevenção, alertando para que as pessoas esperem alguns dias após depilação para manter relações sexuais.
Outra teoria mais polêmica, diz que as pessoas que têm o costume de se depilar mantém uma vida sexual mais arriscada.