Estudo confirma relação entre anticoncepcionais e depressão
Pesquisa foi feita com mais de um milhão de mulheres na Dinamarca, entre 2000 e 2013. Conclusão sugere que adesivos são os mais perigosos
atualizado
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A ciência acaba de cravar o link entre depressão e pílulas anticoncepcionais. A desconfiança já existia há algum tempo, mas um estudo que ouviu mais de um milhão de mulheres acaba de vez com as dúvidas. O estudo teve os resultados divulgados na última semana e foi feito entre 2000 e 2013 com mulheres dinamarquesas com idade entre 15 e 34 anos.
Além de confirmar a relação entre o uso de contraceptivos hormonais e a doença, a pesquisa ainda concluiu que esse risco é maior em adolescentes do que em adultos.O estudo ainda sugere que, ao prescrever as pílulas a pacientes que nunca tomaram anticoncepcionais antes, o médico preste atenção a alterações de humor nos meses seguintes.
Alerta com os adesivos
O risco também aumenta de acordo com o tipo de anticoncepcional que a paciente usa. O pesquisadores descobriram que 55% das mulheres e adolescentes do país usavam ou haviam usado contraceptivos hormonais recentemente, incluindo pílulas, adesivos, anéis vaginais e DIU.
Entre essas mulheres, as que faziam uso da pílula combinada – de estrogênio e progesterona -, tiveram 1,23 vez mais chance de precisar de antidepressivos quando comparadas a mulheres que não usavam a pílula. Já as que usavam comprimidos com apenas progesterona, esse risco foi ainda maior: 1,34.
Mas outros dispositivos que não a pílula apresentaram riscos ainda maiores. O mais perigoso deles, de acordo com o estudo, é o adesivo, que apresentou chances dobradas de depressão para as usuárias. O anel vaginal, por sua vez, apresentou risco 1,6 maior e o DIU hormonal, 1,4.