Especialistas ensinam como integrar o uso do repelente à rotina de cuidados de beleza
Segundo dermatologistas, produto deve ser última coisa a ser aplicada na pele, 15 minutos depois do hidratante ou filtro solar. Intervalo de reaplicação requer atenção
atualizado
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Há pouco tempo, a rotina de cuidados e beleza com a pele do rosto e corpo ganhou um novo elemento. Ao sabonete, esfoliante, hidratante, sérum e filtro solar, somou-se o repelente. Em tempos de Zika vírus, tão ou mais importante do que todos os anteriores. Com a rotina nova, no entanto, novas dúvidas aparecem: pode passar no rosto? Mancha? Piora a acne? Resseca a pele?
Para acabar com as dúvidas, Metrópoles ouviu alguns especialistas. Resumindo: passar no rosto é fundamental, não piora a acne, o ressecamento existe, mas pode ser evitado e não, não existem receitas caseiras e naturebas que tenham eficácia comprovada contra o Aedes aegypti.
1. Qual a ordem de produtos? Basicamente, o repelente deve ser a última coisa da rotina de cuidados. No corpo, vem depois do hidratante. No rosto, depois de todos os outros produtos. “Ele é a última coisa a ser aplicada e, para que não tenha sua eficácia comprometida por interagir com outros produtos e nem comprometer a eficácia dos outros, deve ser aplicado só 15 minutos depois deles. Assim, dá tempo de eles secarem na pele antes da camada de repelente”, explica a dermatologista Joana Costa.
2. Como evitar a pele seca? A sensação de ressecamento na pele também é comum. E faz sentido. “Alguns repelentes são alcoólicos e, por isso, ressecam”, esclarece Erasmo Tokarski, também dermatologista. Mas o problema pode ser evitado facilmente com uma camada de hidratante antes da aplicação.
3. Tem algum produto sem odor? O cheiro forte é reclamação comum do produto. A má notícia é que, quanto a isso, a única coisa a se fazer é aturar. Segundo Joana Costa, alguns repelentes têm aroma na formulação, o que ameniza o cheiro ruim característico, mas também pode acabar atraindo o mosquito.
4. Pode passar no rosto? Não existe contraindicação para nenhum tipo de pele. O repelente não mancha e nem piora a acne. Pelo contrário. “Como ele tem tendência a ressecar, vai bem em pele oleosa”, diz Erasmo Tokarski. A exceção fica para quem faz tratamentos com ácidos. Se for usar o ácido no período da noite, por exemplo, o repelente entra só pela manhã. Outro cuidado é não espirrar o produto direto no rosto. “O ideal borrifar na mão e espalhar no rosto com cuidado”, orienta Joana Costa.
5. Quantas vezes por dia tem que aplicar? A reaplicação, no entanto, deve obedecer à risca a recomendação do rótulo. “Algumas pessoas ficam assustadas e querem passar o produto toda hora. Não pode, porque ele tem uma toxidade. Alguns são seguros para serem reaplicados até três vezes ao dia, por exemplo. Isso está no rótulo e deve ser observado”, sublinha Joana Costa.
Crianças e grávidas
Os especialistas dizem que, em geral, repelentes são seguros. Mas algumas pessoas devem procurar orientação de um médico antes de escolher o produto. Pacientes muito alérgicos, por exemplo, se consultar antes de acrescentar o repelente na rotina. Grávidas e crianças também têm produtos específicos que são seguros para elas e outros a evitar a qualquer custo.
- Crianças menores de seis meses não devem usar nenhum repelente químico
- Entre seis meses e 2 anos, o ideal são os repentes à base de IR 35/35
- Para crianças e adultos, os feitos com icaridina são os mais seguros contra o Aedes e podem ser usados também pelas gestantes.