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Especialistas alertam sobre doenças comuns durante o carnaval

Médicos apontam cuidados simples para você aproveitar a festa sem medo de se arrepender depois

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beijo carnaval
1 de 1 beijo carnaval - Foto: iStock

O carnaval pode não ter começado oficialmente, mas as prévias da folia já agitam as ruas de Brasília. E todo mundo sabe que esse período é marcado pelas temperaturas altas e por muito beijo na boca. Esses dois fatores, associados ao abuso de bebida alcoólica e a grandes aglomerações, criam um ambiente propício para a proliferação de algumas doenças.

Para garantir que a festa seja um sucesso e que as preocupações se restrinjam apenas à retirada do glitter pós-folia, vale ficar de olho em algumas recomendações médicas e, assim, evitar possíveis transtornos. As enfermidades mais comuns são viroses respiratórias, conjuntivite e hepatites. Casos de monucleose, também conhecida como “a doença do beijo”, também aumentam durante os dias de festejos.

Segundo o otorrinolaringologista José Stênio Ponte, no período do carnaval, a incidência dessa doença cresce cerca de 20% a 30% em relação aos outros meses do ano. O vírus da monucleose (Epstein-Baar), que é da mesma família do herpes, é transmitido pela saliva. Por isso, beijos, e a troca de copos, bebidas e talheres são as principais formas de contaminação.

“Muitas vezes (a mononucleose) é assintomática, ou seja, a pessoa infectada não sente nada ou apenas sintomas leves. No entanto, pode causar febre, dor de garganta e aumento dos gânglios da região do pescoço”, explicou Ponte. O período de incubação da “doença do beijo” é de 30 a 45 dias.

Especialistas também alertam sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada neste mês revelou que nove em cada 10 jovens de 15 a 19 anos sabem que usar camisinha é o melhor jeito de evitar HIV. Contudo, seis em cada 10 adolescentes não usaram preservativo em alguma relação sexual no último ano.

O médico Horacio Cardoso Salles, gerente da Medicina Assistencial do Serviço Social da Construção Civil  (Seconci-SP), apontou que a procura por exames para detectar as DSTs aumenta nas semanas seguintes à do carnaval. “O preservativo deve estar sempre no bolso. Nem as comemorações, muito menos o abuso do álcool podem deixar o folião se esquecer da camisinha”.

Para pular os bloquinhos com saúde, apresentamos três dicas simples que ajudam a prevenir muitas enfermidades.

Beba água

Durante a folia, é comum vermos pessoas com garrafas e copos nas mãos, mas não podemos dizer que o líquido ingerido é a água. Portanto, sempre que puder, beba um pouco de água, evitando ressecamento e queimaduras na pele, insolação, mal-estar, tonturas e até ressaca.

Não abuse de comprimidos e bebidas energéticas

Estes tipos de comprimidos e bebidas são ricos em cafeína e, quando misturados a bebidas alcoólicas, podem causar arritmias e palpitações cardíacas, além de piorar os sintomas de queimação no estômago e gastrite.

Alimente-se bem

Comer de três em três horas ajuda a manter a energia do corpo. Prefira as frutas, vitaminas ou sanduíches naturais, alimentos leves que repõem as vitaminas e minerais que são gastos para eliminar o álcool do organismo.

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