Especialista indica 7 hábitos diários para combater o estresse
Veja quais são as atitudes que podem evitar a aliviar os sintomas
atualizado
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Condição responsável por mais de 130 milhões de infartos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, o estresse pode ser identificado por um série de sintomas: aumento da pressão arterial, insônia, dor de cabeça, irritabilidade, tremores e aceleração do ritmo cardíaco.
O problema afeta mais de 90% da população no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e atualmente, com os estímulos da vida moderna e a rotina acelerada, é muito difícil conseguir escapar de situações que despertam o estresse.
Para tentar evitar a aliviar os sintomas, a psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Rita Calegari, reforça a importância de inserir hábitos mais saudáveis na rotina diária.
“Apesar de ser uma resposta natural do corpo diante de uma situação de perigo ou de tensão, a manutenção desse estado por longos períodos pode causar danos sérios à saúde, à produtividade e, consequentemente, à qualidade de vida das pessoas”, alerta.
O que as pessoas podem fazer, de acordo com a especialista, é avaliar o que pode ser modificado em suas rotinas para reduzir o estresse e fortalecer seu organismo para enfrentar as situações estressoras que não podem ser alteradas.
A seguir, a psicóloga destaca sete hábitos simples que ajudam a combater o estresse:
– Repense a regra do “agora”
Avalie suas atividades e responsabilidades diárias e pense: tudo precisa ser resolvido agora? A especialista lembra que é saudável estabelecer prioridades na realização das tarefas, sejam elas pessoais ou profissionais. A recomendação é avaliar o que é necessário e o que é desejável. “Negocie prazos possíveis, que você consiga atender com qualidade ou deixe claro o impacto da pressa na sua entrega. Sem pelo menos a tentativa de negociar acerca das expectativas dos outros e de si mesmo, as chances de desenvolver um quadro de estresse aumentam”.
– Valorize ambientes saudáveis para o trabalho
Se o seu trabalho é entendido como a sua fonte de sofrimento, a profissional recomenda fazer uma sincera avaliação dos motivos pelos quais você continua nele. “A crise econômica e a falta de emprego não devem tirar a expectativa das pessoas de procurar um ambiente profissional melhor para elas”, diz Rita, fazendo referência à Síndrome de Burnout, que atinge mais de 30% dos brasileiros segundo dados da International Stress Management Association (Isma). “Especialmente, porque as empresas já estão atentas a necessidade de desenvolver boas políticas internas de RH para reter os seus talentos”, lembra a psicóloga.
– Se afaste quando sentir raiva
Segundo Rita, sentir raiva é normal, mas a frequência dessa emoção pode ser um sintoma negativo. Podemos evitar que ela atinja picos e que nos coloquem em níveis elevados de estresse, mudando o cenário quando isso acontecer. “Saia de perto da situação ou da pessoa que despertou esse sentimento em você, tente respirar profundamente algumas vezes e refletir com empatia sobre o que causou esse sentimento. Se possível, retorne só quando se sentir mais calmo”, sugere.
– Presenteie-se com pequenos prazeres
A psicóloga reforça que, diante de uma rotina exaustiva, uma dica para aliviar o estresse é fazer algo que desperte sensações de prazer e relaxamento. “Receber uma massagem de 15 minutos, almoçar com uma boa companhia, se permitir um mimo, uma sobremesa especial ou um cineminha no meio da semana são atividades simples, porém, com a consciência de que são intencionalmente gestos de autocuidado, podem contribuir com a nossa saúde mental”, ressalta.
– Peça ajuda
“Nós somos seres coletivos, não precisamos fazer tudo sozinhos”, afirma. Ela explica que o hábito de pedir ajuda reduz a pressão e traz sensações de conforto, o que aumenta o bem-estar. Para quase todas as situações de crise intensas (doenças, mortes, separações, acidentes entre outras) a rede de apoio de uma pessoa é fator decisivo na superação. O mesmo ocorre para as situações de estresse diárias. Ao nos isolarmos, além de perder a perspectiva do nosso sofrimento (possivelmente intensificando-o) impedimos que o fluxo de amor, de atenção, de solidariedade das pessoas nos atinja, contagiando-nos positivamente.
– Faça momentos de silêncio
A especialista comenta que, sobretudo para quem vive nas áreas urbanas, o barulho pode ser um gatilho para o estresse. “O som dos carros, máquinas e equipamentos eletrônicos, entre outros, que mal percebemos no nosso dia-a-dia, nos mantêm em alerta permanente, a ponto que fica difícil relaxar”, frisa. A dica neste caso é reservar alguns minutos para ficar em silêncio. “Feche os olhos, sente-se em uma posição confortável, longe de qualquer barulho e concentre-se apenas na sua respiração, antes de retomar as tarefas diárias. E tente conter os ruídos que surgirão de dentro de sua mente: os pensamentos”, destaca Rita.
– Pratique atividades físicas e ou artísticas
O nosso cérebro é estimulado em áreas diferentes quando estamos praticando esportes ou realizando atividades artísticas. Essa mudança na estimulação de hemisfério cerebral, pode produzir efeitos positivos para reduzir o estresse. Portanto, a psicóloga recomenda caminhar ou praticar esportes (que também libera endorfinas) e cantar, dançar, fotografar, cozinhar ou pintar. “Descubra o seu talento e explore coisas que goste de fazer”, finaliza.