Dr. Laertes Thomaz Junior explica uso da câmara de oxigênio no lifting
Cirurgião plástico membro da Associação Brasileira e Americana de Cirurgia Plástica, o especialista tira dúvidas sobre o lifting facial
atualizado
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Você já ouviu falar em câmara hiperbárica e em como ele ajuda na recuperação após cirurgias plásticas? O estilista Marc Jacobs, recentemente, compartilhou imagens suas em uma câmara de oxigênio após se submeter a um lifting facial. A terapia, bastante usada após variados tipos de procedimentos, incluindo o tratamento contra a Covid-19 é muito útil, mas ainda pouco conhecido por boa parte das pessoas.
Para tirar as dúvidas a respeito do uso da câmara hiperbárica, o cirurgião Laertes Thomaz Júnior, especialista em lifting facial com abordagem Deep Plane – a mais moderna da atualidade – explica tudo sobre o assunto ao Metrópoles.
O que é a câmara hiperbárica e para que ela serve na cirurgia plástica?
Depois que Marc Jacobs compartilhou suas fotos em uma câmara de oxigênio, muitas pessoas tiveram a curiosidade de pesquisar a respeito do assunto. No lifting facial, ele é um grande aliado.
“O lifting facial Deep Plane, feito pelo Marc Jacobs e minha especialidade, já é um procedimento de cirurgia plástica facial bem moderno e com menos hematomas. Com a câmara de oxigênio, os resultados são ainda melhores e a recuperação, mais rápida”, explica Dr. Laertes Thomaz Junior, cirurgião plástico membro da Associação Brasileira e Americana de Cirurgia Plástica.
A oxigenoterapia hiperbárica (OHB), que usa oxigênio 100% puro, é uma terapia que ajuda na cicatrização e previne infecções. Ela se baseia na oferta de oxigênio puro em um ambiente pressurizado e a um nível acima da pressão atmosférica.
“A técnica de OHB é indicada após vários tipos de procedimentos. No caso do lifting facial Deep Plane, em relação à cicatrização, é importante enfatizar que ela aumenta a oferta de oxigênio nos tecidos que estão sob estresse circulatório ou infeccioso”, completa Dr. Laertes.
Além da recuperação na cirurgia plástica, a câmara de oxigênio é recomendada também para tratar anemia aguda, lesões em mucosas, isquemias, queimaduras, lesões de pele diversas, osteomielite ou comprometimento de enxertos após cirurgias. Diabéticos, inclusive, têm muitos benefícios derivados desse tratamento.
Qual é a duração e quantas sessões na câmara de oxigênio são necessárias?
Após avaliação médica, o paciente que se submeteu ao lifting facial é direcionado a sessões diárias de 60 a 90 minutos de câmara de oxigênio.
O número de sessões varia de acordo com cada caso, mas, após um lifting Deep Plane, a média é de dez.
A câmara hiperbárica tem contra indicações?
A OHB é desconfortável para os ouvidos. Além disso, pessoas com claustrofobia podem se incomodar com o ambiente fechado.
“Pacientes com sinusite ou otite também não devem fazer o tratamento enquanto estiverem com esses diagnósticos”, completa o especialista em lifting facial.
O que é o lifting facial Deep Plane?
Antigamente, os procedimentos de lifting facial poderiam gerar uma aparência esticada e artificial. Hoje em dia, técnicas como o Deep Place Facelift reposicionam a camada muscular, poupando a pele e restaurando os volumes faciais.
“Recomendamos o lifting facial em pessoas com sulcos profundos, flacidez, bigode chinês, rugas, excesso de flacidez e pele, perda de tônus muscular na face inferior e ausência do contorno da região mandibular, e quando outros procedimentos não cirúrgicos não fazem efeito”, explica Dr. Laertes Thomaz Junior, especialista na técnica no Brasil.
Por atuar em uma camada mais profunda da face, os músculos, a técnica não gera tensão nos tecidos, gerando uma aparência mais jovem e sem aquele aspecto de “pele esticada” e com uma cicatriz de melhor qualidade.