Doces e refrigerantes em excesso podem causar hiperatividade infantil
Crianças com menos de dois anos não devem ingerir doces e refrigerantes, segundo especialista.
atualizado
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Pais que se preocupam com a alimentação dos filhos precisam ter atenção redobrada com açúcares e refrigerantes nos primeiros anos de vida. Os doces, principalmente os mais processados, contêm conservantes que são ofensivos ao organismo humano. Por isso, durante os primeiros dois anos de vida da criança, comidas ricas em açúcares ruins, devem ser evitadas.
O ideal é que as famílias sempre optem no dia a dia por frutas nas sobremesas e intervalos entre as refeições.“Os bebês que consomem esses alimentos serão afetados diretamente por toda a vida. E como nessa fase, eles não conhecem o sabor do que comem, não há necessidade alguma de ingerir doces”, explica a nutricionista.
“O consumo excessivo de doces por crianças pode causar hiperatividade, ansiedade, dificuldade de concentração, irritabilidade, diabetes, hipertensão, entre outros males, devido a grande concentração de açúcar branco que é rapidamente absorvido e estocado no organismo, além de ser viciante”, explica Rafaela Souza, nutricionista do Hapvida Saúde.
As frutas, grandes substitutas dos doces processados, são fontes de nutrientes, além de conterem água, fibras, vitaminas, sais minerais e oferecer baixas calorias. Segundo a nutricionista, o hábito de uma alimentação natural e saudável deve fazer parte da rotina alimentar dos pequenos.” Opções como banana, manga uva, maçã e mamão são bem aceitas pelo paladar infantil em geral”, completou.
A recomendação para o consumo de refrigerante não é diferente: também se deve evitar ao máximo, pois, segundo a nutricionista, é uma alimento hipercalórico, viciante e não contém nenhum nutriente. “A bebida pode provocar complicações no desenvolvimento da criança, principalmente aos ossos e dentes”, completou.
“Eles possuem diversas substâncias usadas para dar cor, sabor e manter a bebida conservada por muito tempo. Esses aditivos químicos, na maioria das vezes, são tóxicos para as células do organismo, causando agressões e propiciando o surgimento de câncer”, alerta a nutricionista.
Fora da balança
A obesidade é também consequência desse consumo sem freios e um problema que está atingindo todas as idades e trazendo uma série de outras doenças. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças de cinco a nove anos, no Brasil, está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos, 16,6% são obesos, enquanto as meninas somam 11,8%.