Dicas e sugestões de como ajudar crianças a evitar a H1N1
Adultos e idosos merecem muita atenção, mas já pensou em quanto alerta é necessário para que os pequeninos não adoeçam?
atualizado
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As doenças transmitidas por mosquitos têm gerado um enorme burburinho e uma preocupação grande na população brasileira. Mas em 2016, outra epidemia antiga deu sinais de que estava retornando: a H1N1. O vírus tipo Influenza A tem sintomas parecidos com a gripe, mas muito mais fortes. Entretanto, por se tratar de uma mutação, a doença pode até levar a morte. Em Brasília, foram confirmados somente entre janeiro e março 15 casos de H1N1.
Existem algumas prevenções que podem ser tomadas para evitar a transmissão do vírus. Além das recomendações para adultos, é importante lembrar que os pequenos necessitam de mais auxílio, já que são tão vulneráveis. “Lavar as mãos e usar álcool gel é extremamente necessário com a maior frequência possível”, explica a otorrinolaringologista Márcia Voltolini.
Assim faz a equipe do Centro de Educação 03 de São Sebastião com os pequeninos. Segundo a coordenadora Maria de Lourdes, parte da rotina dos professores é recomendar os alunos a sempre lavarem as mãos e orientar os pais a adotarem esses hábitos como parte da rotina em casa. “É importante também lavar com frequência o banheiro”, explicou a pedagoga.
“A proliferação de doenças respiratórias é maior nos ambientes escolares/creches por serem ambientes de aglomeração de pessoas”, explicou a médica. “Além disso, em geral as crianças ainda estão em processo de aprendizado em relação aos hábitos de higiene, necessitando, portanto, de orientação e supervisão de adultos a fim de minimizar a transmissão das mesmas”, completou.
Recomendações para dentro e fora de casa
Listamos algumas das recomendações que podem ser levadas ao pé da letra dentro de casa, na escola ou até para adultos no trabalho e na rua.
- Orientar os colaboradores a intensificar a lavagem das mãos e uso de soluções a base de álcool
- Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou tiverem entrado em contato com fluídos corpóreos como secreções nasais devem ser lavadas com água e sabão
- Ensinar as crianças como lavar as mãos corretamente, inclusive limpar as unhas
- Intensificar a limpeza dos ambientes escolares, principalmente de maçanetas, torneiras, porta-papel, brinquedos, trocadores, bebedouros e computadores
- Colocar mais dispensadores de álcool gel nos ambientes, especialmente em pontos de maior circulação de pessoas como a entrada da escola e salas de aula
- Orientar os professores sobre os sintomas para que possam identificá-los e comunicar aos pais
- Se possível manter as janelas abertas para melhor circulação do ar e fugir do ar condicionado
- Aumentar a supervisão de crianças para evitar o compartilhamento de talheres, copos, canudos, alimentos e brinquedos
- Orientar as crianças a evitar colocar as mãos nos olhos, nariz e boca (na medida do possível)
- Orientar os familiares caso a criança apresente os sintomas deverá ser realizada avaliação médica e não deverá comparecer a escola (é preciso ficar em casa pelo menos 24 horas após o desaparecimento dos sintomas)
- Se ocorrerem três ou mais casos de gripe na mesma turma notificar Unidade de Saúde e Vigilância Epidemiológica
- Se for possível escalonar a liberação das turmas para o recreio, com intervalos de 5 em 5 minutos, para manter o menor número possível de alunos no mesmo ambiente
Na hora de pegar o transporte público ou escolar (ou até mesmo entrar no carro de alguém que possivelmente esteja gripado) as recomendações são:
- Manter no transporte escolar as janelas abertas e reconhecer os sintomas da gripe para orientar o retorno destes alunos para casa e informar os pais e responsáveis
- Oferecer as crianças álcool 70 % para fricção das mãos, antes de entrar no veículo.