Coronavírus: posso correr ou pedalar ao ar livre?
Brasilienses contrariam recomendações e saem às ruas para praticar exercícios
atualizado
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Com o avanço da Covid-19 no Brasil, as recomendações do Ministério da Saúde e de outras autoridades médicas são claras: evitar aglomerações e permanecer em isolamento domiciliar, deixando as saídas para casos necessários, como quem trabalha em farmácias e serviços de saúde. Ainda assim, muitos brasilienses têm praticado atividades ao ar livre, tentando manter as rotinas de treino em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus.
Na manhã desta quinta-feira (19/03), por exemplo, a equipe do Metrópoles flagrou grupos de ciclistas no Parque da Cidade, fechado por decreto do governador Ibaneis Rocha. Também não é raro ver moradores correndo ao ar livre, sozinhos ou até em dupla.
Há quem ache que, por não exigir contato físico com outras pessoas, essas modalidades não oferecem riscos.
“Essa história de que o vírus fica no ar, como disseram, não é verdade. Ele fica apenas em superfícies, como aparelhos de uso comunitário, que muita gente tem se arriscado a usar. Ainda assim, é impossível não ter contato com ninguém ao sair na rua. O isolamento se faz fundamental neste momento, pois a doença está em curva de ascensão”, recomenda Alexandre Soares, especialista em imunologia e professor de biomedicina do Iesb.
“Os casos estão aumentando muito rapidamente. Para o bem coletivo, o ideal é fazer exercícios no quintal ou na sala. Isso é possível. O que vale é o bem da sociedade”, explica. Em menos de 24 horas, os casos confirmados no DF saltaram de 36 para 84.
“Há vários artigos recentes demonstrando que o maior perigo são justamente essas pessoas sem sintomas que estão transmitindo o vírus a quem encontram. Fique em casa”, salienta. Mesmo aparentemente saudável, o corredor ou ciclista pode prejudicar a saúde de idosos, hipertensos, diabéticos e outros que se encaixam nos grupos de risco.
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