Como comer chocolate no pré-treino e mesmo assim emagrecer
Especialistas explicam porque a iguaria não deve ser vista como vilã
atualizado
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O Dia do Chocolate, comemorado na próxima quinta-feira (7/7), levanta novamente a pauta de que a guloseima não é a vilã da dieta. Especialistas explicam que a iguaria pode ser um aliada de quem busca vida saudável e quer manter uma rotina de treinos.
De acordo com a nutricionista esportiva Isabela Zago, nenhum ingrediente deve ser encarado com um vilão. “Qualquer alimento, desde que consumido de maneira adequada, pode ser aliado da vida saudável”, salienta.
Além do sabor que o delicioso chocolate fornece, a iguaria é rica em flavonoide, composto bioativo que predomina em sua composição, além de uma potente ação antioxidante, anti-inflamatória e cardioprotetora.
Pré-treino
O chocolate é fonte de cafeína e de teobromina, considerados estimulantes para o nosso corpo, “além de aumentar a produção do neurotransmissor serotonina, um dos responsáveis por sensações de prazer e bem-estar”, explica a nutricionista Larissa Cerqueira.
Por essas qualidades, explica a especialista, a guloseima pode ser recomendada como um alimento a ser consumido regularmente. “Inclusive como parte de refeições elaboradas para pré-treino, por ser rica em energia”, ressalta.
Ainda é preciso explicar que não existe fórmula secreta ou receita padrão para todas as pessoas. Caso deseje utilizar o chocolate como fonte pré-treino, é preciso procurar um especialista para recomendar a melhor forma de utilizar a iguaria de forma saudável, sem colocar a saúde em risco.
Anti-inflamatório
Além da energia que o alimento pode proporcionar, o chocolate possui poderosos antioxidantes, como as catequinas e teobrima. “Esses compostos podem diminuir os radicais livres produzidos pela inflamação e causadores de envelhecimento precoce, auxiliar no sistema imune e na resistência da insulina”, explica a nutricionista Julia Canabarro.
“O cacau é pobre em FODMAPS [carboidratos não digeridos pelo organismo, responsáveis por gases e distensão abdominal], então, é uma boa opção para quem possui a Síndrome do Intestino Irritável”, ressalta.
Faz bem à saúde cardíaca
Rico em cacau, o chocolate também possui nutrientes, bem como vitaminas, minerais (magnésio, ferro e potássio) e gorduras como ácidos graxos saturados, ácido palmítico e o esteárico, e o ácido oleico monoinsaturado.
Canabarro explica que, quando o chocolate é consumido em sua versão 70% cacau, as chances do alimento produzir gordura trans no organismo são baixas – essa que aumenta os riscos de contrair doenças cardiovasculares.
“O responsável por não causa o aumento dessa gordura, é o ácido graxo esteárico. Esse tem um efeito neutro no metabolismo do colesterol”, explica.
Porém, segundo a nutricionista, é preciso ter cuidado com chocolates que contêm leite, pois estes, além de possuírem grandes quantidades de açúcar, também possuem gorduras que podem aumentar o colesterol.
Consumo consciente
Do ponto de vista da qualidade nutricional, Cerqueira recomenda que enfoque no comportamento alimentar seja a ingestão mais saudável, “investir na forma consciente em comer esse alimento, do que associar uma quantidade máxima por dia”, esclarece.
“O chocolate é um alimento repleto de significado e memórias afetivas. Agregá-lo a sua rotina alimentar não precisa ser um dilema”, explica a nutricionista.
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