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Com isolamento, aplicativos de exercícios crescem 226% no Brasil

Com as academias fechadas, brasileiros investem em app fitness para manter uma vida saudável

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Divulgação/ BTFIT
Mulher malhando em casa
1 de 1 Mulher malhando em casa - Foto: Divulgação/ BTFIT

Cuidar do bem-estar em tempos de quarentena é essencial para a saúde física e mental. Durante esse período de isolamento social por conta da Covid-19, quem frequentava as academias está recorrendo a aplicativos fitness para acalentar a vontade de praticar atividades físicas.

No Brasil, até o final de março, as plataformas digitais voltadas para esse universo saudável tiveram um aumento de 226% de instalações não-orgânicas e 116% de aumento nas instalações orgânicas (aquelas que não contaram com a “ajudinha” de publicidade e anúncios pagos), segundo um estudo feito pela AppsFlyer.

Diretor executivo da academia Bodytech, Luiz Urquiza relata que, após a liberação do acesso gratuito ao aplicativo BTFIT, desenvolvido pela rede, o número de downloads cresceu exponencialmente e chegou a aumentar em mais de 1.100%. 

“São soluções feitas para serem usada a qualquer momento, por qualquer pessoa. Quando tudo isso passar, vamos entender que os treinos presenciais na academia e os feitos pelo app podem conviver em harmonia. Uma nova tendência foi criada”, explica o CEO.

Débora Flores, criadora do método SlimFit e mestre em educação física, enxergou a tendência e antecipou o lançamento de um app de atividades em casa. “Com o isolamento social, senti a necessidade de adiantar o projeto das aulas on-line para continuarmos oferecendo o nosso trabalho às alunas dos estúdios”, revela. 

Para Deborah, praticar exercícios em casa é uma maneira de incentivar as pessoas a terem uma estilo de vida mais saudável.

“O sedentarismo tem aumentado de forma alarmante no Brasil e a falta de tempo continua sendo a principal objeção para a prática de atividade física. Uma pausa diária para fazer exercício pode significar um momento feliz e de autocuidado na vida”, finaliza. 

Lançamento adiantado

Mestre em educação física e com experiência no segmento fitness há 16 anos, a empresária Débora Flores, de 35 anos, decidiu antecipar o lançamento do aplicativo SlimFit em Casa em decorrência da pandemia da Covid-19.

“A ideia era lançar somente em 2021, pois, este ano, estávamos focados nas novas franquias SlimFit Studio e na nova modalidade Gestante Slim”, confessa. 

Criadora do método de treinamento SlimFit, Deborah tem cinco unidades do estúdio em Brasília. A técnica tem como objetivo trabalhar o corpo todo, unindo exercícios de força, funcional e cardio em uma mesma aula.

A empresaria diferencia as atividades propostas no aplicativo que desenvolveu:

Há a versão do SlimFit sem equipamentos, para ser feita em qualquer lugar. É uma aula focada em emagrecimento, definição muscular e saúde;

 No CardioSlim, usa-se somente o peso do corpo em aula aeróbica de curta duração e alta intensidade;

 A nutricionista Natália Tartuce participa com conteúdos ligados à alimentação saudável e e-books de receitas low carb e chás naturais;

A musa fitness Mari Nóbrega dá dicas de como conseguir adquirir hábitos saudáveis de maneira definitiva.

Em breve, habilidades como corrida, meditação, dança e aulas para gestantes (e pós-parto) serão incluídas no SlimFit em casa.

“A procura pela plataforma tem sido grande nesse período em que as academias estão fechadas. O objetivo do app é ser um produto permanente e em constante evolução”, declara Deborah. 

Atividades gratuitas

Quando o aplicativo da BTFIT estreou, em setembro de 2015, o objetivo era que as pessoas treinassem a qualquer hora e em qualquer lugar. O intuito ganhou mais força quando todas as academias fecharam as portas.

A plataforma cobrava um valor mensal, mas decidiu disponibilizar suas atividades gratuitamente para o público.

Chegamos a ter picos de 10 mil pessoas simultaneamente fazendo aulas em nosso app. Desde o seu lançamento, o BTFIT acumulou quase 4 milhões de downloads“, conta o CEO do aplicativo, Bruno Franco. 

Mulher fazendo exercício em casa
Aplicativos fitness foi o meio que as pessoas encontraram para manter a vida saudável na quarentena

Aulas coletivas de abdominal, ballet fitness, dança, yoga e até personal trainer on-line são alguns dos serviços disponíveis no programa digital. 

Por conta do confinamento social, Bruno reitera que a BTFIT alterou a programação da plataforma.

“Adicionamos duas lives diárias no Instagram. Elas são interessantes para aumentar a interação entre professores e alunos, reduzindo a sensação de isolamento”, conclui. 

Sedentarismo na quarentena

Integrante do Conselho Federal de Educação Física (Confef), Eduardo Netto acredita que a procura por app fitness ajuda o indivíduo a se desligar um pouco da preocupação com a pandemia de coronavírus. 

Ele lembra ainda que, por conta da quarentena, as pessoas têm maior probabilidade de ficar sedentárias.

“A tendência é permanecer no computador ou vendo tevê o dia inteiro. E ainda tem o estresse diário dentro de casa. Para quem está acostumado a treinar, interromper as atividades pode ser devastador, não só mentalmente, mas também para o sistema imunológico”, relata. 

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