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Cigarro eletrônico com vitaminas funciona? Veja se a opção é saudável

Chamado de health vape, o cigarro eletrônico tem adição de vitaminas, aminoácidos, hormônios e plantas medicinais

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Na foto, um mulher soltando fumaça pela boca - Metrópoles
1 de 1 Na foto, um mulher soltando fumaça pela boca - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Pexels

Que os cigarros eletrônicos, mesmo com venda proibida pela Anvisa, conseguiram fazer muito sucesso entre os jovens, é inegável. Contudo, visando transformar o hábito em algo mais “saudável”, uma empresa lançou o “health vape” ou “vape de vitaminas”. O produto foi apresentado em um vídeo de propaganda nas redes sociais. Após viralizar, o perfil que fez a postagem apagou a conta no Instagram.

Prometendo trazer o benefício de determinadas vitaminas enquanto o usuário fuma o cigarro, o health vape não tem a venda liberada e tampouco aprovação científica. Na internet, é possível encontrar o produto com preços que variam de R$ 50 a R$ 80, com combinações diferentes de vitaminas, aminoácidos, hormônios e plantas medicinais.

Em entrevista ao G1, o médico pneumologista Fred Fernandes, que atende pacientes com doença pulmonar avançada e que buscam tratamento para o tabagismo, desmente todas essas promessas. “Nada disso foi testado adequadamente. Não se sabe se faz bem à saúde. Provavelmente não faz. E pior: não se tem ideia dos malefícios”, afirma.

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil
No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
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Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

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No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

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Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

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Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

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Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

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Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

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Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

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O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

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O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

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Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

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Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

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Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

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As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

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Ele explica que, mesmo que realmente haja vitaminas dentro do produto, não é a forma adequada de consumi-las. “Em geral, a via inalatória é pouco eficiente para administrar medicamentos sistêmicos, pois a taxa de absorção é muito melhor pela via digestiva”, diz o médico.

Outra especialista, a bióloga e doutora em ciências com ênfase em Fisiologia Humana Ana Cláudia Bonassa, do canal Nunca vi 1 Cientista, afirma que não há estudos que comprovem esses benefícios. “Vaporizar e inalar vitaminas não dá energia. Não existe isso de você vaporizar a melatonina para melhorar o sono, porque não há evidências”, coloca a cientista.

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