Ciência comprova que sentir raiva quando se está com fome é normal
O culpado é o nível baixo de açúcar no sangue, que libera hormônios do estresse na sua corrente sanguínea e solta o seu monstrinho interior
atualizado
Compartilhar notícia
Se você sai por aí dando “patadas” nos seus amigos quando passou da hora de comer, nada tema. A ciência está ao seu lado. O sentimento chamado “hanger”, uma junção de “hunger” (fome, em inglês) com “anger” (raiva) foi o tema do mês da coluna do neurocientista Simon Oxenham no site científico New Scientist.
O açúcar baixo no sangue também aciona a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina, além do neuropeptídeo Y, um neurotransmissor com fama de fazer com as pessoas ajam de forma mais agressiva.
O especialista cita dois estudos – nenhum deles muito recente, mas tidos como “clássicos”. Em um deles, cientistas pediram que casais colocassem alfinetes em bonequinhos de voodoo que representavam seus parceiros, para traduzir o nível de raiva que sentiam um contra o outro. Depois, eles competiam contra seus maridos ou esposas e o ganhador podia liberar barulhos irritantes no ouvido do perdedor.
Enquanto isso, os cientistas mediam o nível de glicose no sangue dos voluntários. A conclusão foi de que, quanto mais baixo o açúcar, mais longos os barulhos irritantes e mais alfinetes tinham os bonecos de voodoo dos parceiros.
Um outro achado famoso da ciência sobre o tal “hanger” é ainda mais polêmico: aparentemente juizes tendem a dar sentenças mais duras conforme o julgamento vai se aproximando da hora do almoço. Quem nunca, não é mesmo?