Cesarianas podem atrapalhar a evolução humana
Segundo o estudo, os bebês estão crescendo com a cabeça maior e isso dificulta a passagem deles pela pélvis das mulheres
atualizado
Compartilhar notícia
O número de cesáreas está crescendo em quase todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, elas representam 30% dos partos. Já no Brasil a cada 10 nascimentos realizados em maternidades particulares, 8,5 são cesáreas — a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 1,5. Mas uma pesquisa feita na Áustria mostra que esse crescimento pode estar atrapalhando a evolução humana.
Segundo o estudo, os bebês estão crescendo com a cabeça maior e isso dificulta a passagem deles pela pélvis das mulheres. Antigamente, quando a criança era grande demais, mãe e filho morriam no parto. E o gene não era passado a diante. Hoje, graças à cesárea, está nascendo cada vez mais pessoas com cabeças maiores.A pesquisa criou polêmica no meio médico porque ela foi feita com base em dados matemáticos. “Ainda não há provas que essa evolução esteja de fato em curso”, avaliou ao “Vox” o coordenador da pesquisa Philipp Mitteröcker que é biólogo da Universidade de Viena.
Mas mesmo assim os cientistas acreditam que quanto mais cesarianas forem feitas no mundo, maior será a necessidade de fazê-las. Para contrapor esses dados, existe uma corrente na medicina que não acredita na teoria que bebês nasçam com cabeça grande demais. Pois, a cabeça da criança foi feita ela se adaptaria ao tamanho do canal vaginal da mãe.