Caso Rafael Cardoso: veja diferença entre celulite comum e infecciosa
O ator precisou ser internado para tratar uma celulite infecciosa e despertou curiosidade sobre a condição
atualizado
Compartilhar notícia
O ator Rafael Cardoso foi diagnosticado, nesta semana, com celulite infecciosa. O artista de 37 anos precisou ser internado em uma unidade de saúde no Rio de Janeiro para tratar o quadro. Apesar do nome, especialistas ressaltam que a condição dele em nada tem a ver com as celulites convencionais.
Em relato publicado nas redes sociais, Cardoso contou que precisará ficar hospitalizado por uma semana e que sua condição é grave. Conforme explicou no Instagram, o ator descobriu a inflamação após desenvolver uma foliculite entre o rosto e o pescoço. A infecção de pele acabou evoluindo para uma celulite infecciosa.
De acordo com o médico João Branco, especialista em imunologia e medicina desportiva, a condição é considerada grave e pode acabar se espalhando pela pele. “A bactéria, que normalmente é um germe comum encontrado na pele, ganha o sistema dermatológico e pode se espalhar por todo o tecido celular subcutâneo”, explica.
“Isso pode ser grave, principalmente para quem tem doença do coração, porque esse germe de pele pode invadir a corrente sanguínea e causar uma bacteremia (presença de bactéria na corrente sanguínea)”, elucida.
Celulite comum x celulite infecciosa
O especialista explica que as diferenças entre a celulite convencional e a infecciosa são bem fáceis de identificar. “A celulite infecciosa, também chamada de bacteriana, tem os pré-requisitos de uma inflamação”, pontua. “Ela vai apresentar vermelhidão e causar calor na região e dor”, detalha.
Já as celulites que comumente aparecem no bumbum e nas coxas são apenas um “buraquinho” na pele, mais precisamente no tecido gorduroso, e não apresentam riscos à saúde. O tratamento delas se dá por meio de procedimentos estéticos, como massagens modeladoras e radiofrequência. Já o protocolo de cura da celulite infecciosa é feito com o auxílio de antibióticos.
“O paciente deve ser internado e receber as doses do antibiótico, principalmente na veia. É uma entidade bacteriana e não só a pele. O tecido subjacente fica vermelho e duro. Nisso, a bactéria vai se alastrando rapidamente, se o paciente não tiver o tratamento adequado”, finaliza João Branco.