Caso Henri Castelli: como recuperar a autoestima após traumatismos faciais
O quadro ocorre predominantemente em jovens, e seus efeitos podem ocasionar problemas no bem-estar, na autoimagem e na saúde bucal
atualizado
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O ator Henri Castelli se emocionou ao relembrar a agressão sofrida no último mês de dezembro, durante uma viagem a Maceió. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (17/1), o artista relatou que ainda está se recuperando de uma fratura na mandíbula e que está fazendo terapia para tentar se acalmar.
O nome, traumatismo facial, assusta. O inchaço, ainda mais. Contudo, muita gente que quebra a mandíbula não faz ideia da gravidade do problema. Sem o tratamento adequado, o quadro pode evoluir para outras complicações, como dores crônicas, visão dupla permanente, alteração da posição do olho, da mordida ou na mastigação e casos de infecções.
Sem contar com os sérios prejuízos à autoestima dos pacientes, que precisam se afastar das atividades sociais do cotidiano, devido ao inchaço e a limitação da mastigação. Além do procedimento cirúrgico, frequentemente recomendado nesses casos, é possível que o paciente tenha que recorrer a tratamentos estéticos e necessite de reabilitação dentária, com auxílio de implantes e próteses.
Após a cirurgia, os cuidados são fundamentais. É preciso manter uma dieta leve e específica para garantir a estabilidade facial por cerca de 2 meses, mas dependendo do caso, após 15 dias já é possível retomar as atividades do dia a dia.
Entenda o problema
Além de agressões, como foi o caso de Henri, os traumatismos faciais podem acontecer por acidentes automobilísticos, esportivos ou em decorrência de quedas. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a mortalidade por traumatismo corresponde a 10% de todas as causas de morte.
O trauma facial é caracterizado por qualquer tipo de agressão às estruturas da face, ou seja aos tecidos moles ou duros (ossos, dentes, cartilagem), ocasionando algum tipo de lesão. No caso do ator, “a agressão foi física, por um trauma de alto impacto na sua mandíbula, que ocasionou uma fratura óssea na região do corpo da mandíbula à direita”, explica o cirurgião bucomaxilofacial Fábio Ricardo Loureiro Sato, em entrevista ao Metrópoles.
De acordo com o especialista, traumatismos faciais são a terceira maior causa de mortes no Brasil e, por isso, deve-se saber exatamente o que fazer nesses casos e quais os procedimentos decorrentes.
É fundamental que o paciente passe por avaliação de um profissional especialista, que irá solicitar exames de imagem para averiguar a presença de fraturas ósseas, lesões dentárias ou outros tipos de danos aos tecidos faciais.
Após o diagnóstico, cada quadro requer um tipo de tratamento específico. Nos casos de fraturas nos ossos do rosto, a recomendação é uma intervenção cirúrgica. Durante o procedimento, os ossos são reposicionados e fixados com placas e parafusos na posição original.
No entanto, nem todos os casos de traumatismo facial precisam de cirurgia, pontua o médico. “Quando, por exemplo, não ocorre uma fratura completa do osso, ou quando a lesão é apenas em um tecido mole”.