metropoles.com

Carbofobia: entenda se a sua preocupação com a dieta é excessiva

Na contramão das dietas restritivas, o nutriente é fundamental para o funcionamento adequado do organismo e traz benefícios à saúde

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
Imagem mostra pães, macarrão, arroz e sementes - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra pães, macarrão, arroz e sementes - Metrópoles - Foto: Getty Images

Eles estão nos cereais do café da manhã, no arroz integral do almoço, no pãozinho do café da tarde e até na cerveja com os amigos. Principal fonte de energia do organismo, os carboidratos são os nutrientes mais abundantes do planeta. Contudo, também carregam um título controverso: o de símbolos da má alimentação e do ganho de peso.

Com o crescimento das dietas low carb e da preferência por proteínas quando o assunto é emagrecimento, há quem tenha levado a relação com o nutriente a níveis excessivos, e se recuse a consumir um mísero grão de arroz integral, colocando o carboidrato no posto de vilão da dieta.

3 imagens
Entenda a diferença entre a dieta cetogênica e a Atkins
É importante cuidar da alimentação para uma boa saúde mental
1 de 3

Medo de comer carboidratos tem ficado mais comum

Vasyl Dolmatov, Istock
2 de 3

Entenda a diferença entre a dieta cetogênica e a Atkins

A_namenko/istock
3 de 3

É importante cuidar da alimentação para uma boa saúde mental

Pexels e Reprodução/Instagram

 

“Se o açúcar produz radicais livres, a insulina inflama, o glúten me oxida, se carboidratos modificam meus neurotransmissores e meu humor, por que me aproximaria deles? E mais, por que deixaria eles participarem da minha vida? Esses são os pensamentos que norteiam quem sofre de carbofobia”, descreveu a médica PhD em endocrinologia Isabela Bussade em sua coluna na revista Vogue.

O termo é usado para designar o medo exagerado ou aversão ao carboidrato, principal fonte energética da alimentação humana, e caracteriza uma forma de se alimentar distorcida, que prioriza a todo custo a retirada dos alimentos que contém o grupo nutricional na dieta. Grãos, cereais, farináceos, algumas frutas e tudo que leva açúcar saem de cena. Nem o pão do café da manhã e o arroz com feijão do almoço ficam ilesos.

Embora não caracterize um diagnóstico de transtorno alimentar clássico como anorexia, bulimia ou compulsão alimentar, a carbofobia se associa a sintomas obsessivos e ansiosos ligados à alimentação, medo infundado sobre mecanismos de ganho de peso e estresse psicossocial, de acordo com a profissional.

“Um carbofóbico no Brasil comeria dois ovos no café, salada verde no almoço, castanhas e queijos ao longo do dia e um grelhado no jantar. Teria repudio por pães, receio por batatas, sobressaltos com uma pizza e consideraria impossível beber uma cerveja com os amigos”, ilustrou a endocrinologista.

Do outro lado da balança

É verdade que consumidos em excesso, os carboidratos podem causar inflamações, aumentam o risco de obesidade e, consequentemente, o risco de doenças cardiovasculares. Mas, ainda assim, são uma fonte de energia fundamental para o organismo.

Mais do que fornecer o combustível para as funções básicas, incluindo respiração e a circulação do sangue, eles também estimulam os movimentos do trato gastrointestinal, por exemplo. Esse mecanismo inclui todo o processo de nutrição, que começa na mastigação e termina na eliminação de resíduos. O nutriente também é necessário para o funcionamento do sistema nervoso central, e até para a sintetização de proteínas.

Como diz a máxima popular, o que diferencia o remédio do veneno é a dose. No caso desse macronutriente, também faz diferença a composição. “Existem diferentes tipos de carboidrato – o pão e o alface são, por exemplo. A diferença está na quantidade de fibra, complexidade da molécula, tempo de digestão…”, comenta a nutricionista Luiza Midlej, da clínica Sanus Vitae, em Brasília.

Os alimentos ricos em carboidratos são pães, cereais, arroz, tubérculos e todas as massas. No entanto, legumes e vegetais também têm o nutriente, bem como doces. “Se, por um lado, a alimentação saudável nos traz a possibilidade de viver mais tempo e melhor, por outro, inunda nosso dia a dia com termos como jejum intermitente, cetose, dietas lowfat, lowcarb e muitas vezes nos confunde, tornando o ato de se alimentar uma preocupação desmedida, intensa e algumas vezes patológica”, pondera Bussade também à coluna.

7 imagens
1 de 7

Ilustração: Yanka Romão
2 de 7

Ilustração: Yanka Romão
3 de 7

Ilustração: Yanka Romão
4 de 7

Ilustração: Yanka Romão
5 de 7

Ilustração: Yanka Romão
6 de 7

Ilustração: Yanka Romão
7 de 7

Ilustração: Yanka Romão

Longe das dietas restritivas, um corpo saudável (e em forma), depende de uma rotina balanceada, que inclui todos os grupos nutricionais, uma rotina ativa de atividades físicas, qualidade do sono e equilíbrio em termos de saúde mental.

Quer ficar por dentro das novidades de astrologia, moda, beleza, bem-estar e receber as notícias direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles: https://t.me/metropolesastrologia.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comVida & Estilo

Você quer ficar por dentro das notícias de vida & estilo e receber notificações em tempo real?