Aplicativo une quem quer doar alimento orgânico a quem quer recebê-lo

A tecnologia pode unir o urbano ao rural em um clique. Produtores de alimentos orgânicos frequentemente enfrentam um problema: o desperdício. Nem sempre é possível comer ou vender todas as frutas e verduras. Pela pureza dos produtos, o prazo de “validade” é curto e as sobras são muitas.

Em 1970, 56% do Brasil era de áreas urbanas e 44%, rurais. Hoje, vivemos em um país 84% urbano e 15% rural. A urbanização trouxe alguns problemas relacionados à alimentação. Um problema é o acesso a alimentos saudáveis. A boa notícia é: a retomada do chamado “urban farming” (fazenda urbana) já é real e um aplicativo ajuda a fazer essa teoria tornar-se prática.

O chamado “FarmSquare” foi um site – e app – de curadoria do apresentador Rodrigo Hilbert, dono de uma horta caseira onde produz alimentos para consumo próprio. Acontece que a produção nem sempre era consumida 100% por sua família. Surge dai um “insight” da criação de um canal que conectasse quem cultiva alimentos orgânicos com quem procura por eles, sem intermediários.

A plataforma nasceu numa parceria entre o ator e apresentador com a marca de sucos Del Valle e agora já é realidade, sem burocracias. Juntam-se também à FarmSquare parceiros como David Hertz, chef, empreendedor social e fundador da Gastromotiva, a FLAGCX, parceira na concepção da plataforma, a Niiez, estúdio de design e consultoria criativa, e a CI&T, responsável pelo desenvolvimento da solução digital.

“Não é uma campanha, é de fato uma plataforma de longo prazo, que soma parcerias, com a responsabilidade de promover uma alimentação saudável e nutritiva, ao mesmo tempo em que valoriza a relação direta entre as pessoas”, explica Marcelo Pascoa, diretor de Creative Excellence da Coca-Cola (Del Valle).

Para participar como doador no FarmSquare, é só produzir qualquer tipo de fruta, verdura ou legume: seja de uma horta ou na janela de um apartamento. Também vale para quem simplesmente quer doar excedentes da geladeira de casa, do restaurante ou de qualquer outro estabelecimento comercial. Além de pessoas comuns, organizações sociais e ONGs podem ter perfis na plataforma. Acesse o site para mais informações.