Além da perda de peso: conheça quatro benefícios do jejum intermitente
Desde que feito de forma segura, o jejum também pode auxiliar no controle de açúcar do sangue, reduzir inflamações e até melhorar a cognição
atualizado
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O jejum, sobretudo o intermitente, é uma prática mundialmente abraçada, por motivos culturais, medicinais e religiosos. Basicamente, trata-se da restrição, parcial ou total, das refeições diárias dentro de um período de tempo. Ele pode ser feito de diversas maneiras.
Apesar de ser uma constante aposta de quem deseja emagrecer, os prós da prática vão além da perda de peso. O site Insider ouviu especialistas e elencou outros quatro benefícios da prática para a saúde que, talvez, você ainda não conhecia. Leia a seguir.
Antes de tudo: o jejum ajuda mesmo na perda de peso?
Aí está o motivo pelo qual o jejum ganhou popularidade no mundo das dietas, ganhando um monte de adeptos de maneira, por vezes, equivocada. A equação não é difícil: se o jejum restringe consideravelmente a quantidade de calorias que você ingere, logo, pode ajudar na perda de peso.
Vale lembrar, contudo, que não é recomendado alçar a abstenção alimentar ao posto de melhor método de emagrecimento, nem praticá-la de qualquer jeito. O assunto, que ainda carece de estudos mais aprofundados, é cercado de ponderações da ciência, que entende o risco de apostar todas as fichas nessa onda. Existem alternativas menos penosas e tão eficazes quanto o jejum para reduzir calorias.
Se o seu objetivo principal é perder peso, o mais correto é conversar com um(a) nutricionista ou especialista. Certamente, ele(a) poderá analisar seu caso, definir o melhor método e te instruir a jejuar com segurança.
Dito isso, vamos aos benefícios menos conhecidos de jejuar.
Reduz inflamações
A inflamação é a resposta natural do nosso corpo a qualquer infecção, mas também pode ser causada pela exposição excessiva ao sol e à poluição, e até por processos metabólicos.
Quando jejuamos, nosso corpo, impedido de converter a glicose dos alimentos em energia, acaba dependendo de uma fonte alternativa chamada corpos cetônicos, produzidos no fígado a partir da quebra de ácidos graxos. É simples: quando o corpo queima cetonas, fica menos suscetível a processos inflamatórios.
Além disso, uma pesquisa de 2019 comprovou que a baixa ingestão de alimentos por um período médio de tempo reduziu significativamente o número de monócitos na circulação sanguínea – um tipo de glóbulo branco inflamatório.
Melhora o funcionamento cognitivo
Apesar de ser pouco conclusivo, um estudo realizado em roedores, de 2019, apontou que o jejum intermitente – isto é, ficar sem comer em intervalos de tempo alternados – pode desacelerar o declínio cognitivo, melhorar o raciocínio e ainda prevenir o desenvolvimento de Alzheimer.
Regula os níveis de glicemia no sangue
Um verdadeiro trunfo do jejum é que ele atua na regulação dos índices glicêmicos do sangue, o que é essencial para prevenir doenças como o diabetes tipo 2. Se o açúcar aumenta quando se come, naturalmente, cai quando se jejua. Para impedir que os níveis fiquem muito baixos, o corpo produz sua própria glicose.
Melhora a saúde do coração
Se o jejum reduz os processos inflamatórios e o risco de diabetes – fatores de risco para ataques cardíacos e derrames –, é razoável afirmar que a prática pode ser benéfica ao coração.
Quando se jejua e os estoques de glicose adquiridos por meio dos alimentos acabam, o corpo se reabastece energeticamente de triglicerídeos. É o excesso desse tipo de gordura que forma placas nos vasos do coração, o que aumenta – e muito – o risco de doenças cardiovasculares e complicações no pâncreas e fígado.
*Para jejuar com segurança, consulte seu médico com antecedência – principalmente se você tem diabetes e faz uso de insulina.