Veja qual a melhor depilação a laser para pele negra e quais cuidados tomar
O método é recomendado desde que sejam usados equipamentos específicos
atualizado
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Para eliminar os pelos do corpo, por qualquer que seja o motivo, homens e mulheres recorrem a diversos métodos depilatórios desde a Antiguidade. De acordo com relatos do Egito Antigo, a rainha Cleópatra banhava tiras de tecido ou de pele de animal em cera quente de abelha para se depilar. Na Grécia, os pelos eram retirados com as mãos, enquanto as romanas usavam pastas depiladoras e uma vareta curva.
Com o passar dos anos, novos – e mais tecnológicos – métodos foram desenvolvidos para facilitar a retirada dos pelinhos indesejados. Entre os mais recomendados, a depilação a laser promete ser o modelo mais duradouro, a partir da destruição do fio pela raiz.
Contudo, quando o assunto é depilação a laser em pele negra, todo cuidado é pouco. O método é simples, porém delicado. Ao atingir a cútis, o laser emite uma quantidade de energia que é absorvida pela melanina presente no folículo piloso (local onde o pelo nasce, dentro da pele). Essa energia aquecida o destrói, o que impede que ele volte a crescer.
A melanina, por sua vez, é encontrada com mais abundância em peles escuras. Logo, não é qualquer tipo de laser que oferece segurança. Diferentes tecnologias podem ser utilizadas para um resultado duradouro. Por isso, mulheres com a cútis rica em pigmentação podem recorrer ao procedimento, desde que tenham cuidados especiais.
É o que explica Taciana Dal’Forno Dini, coordenadora do Departamento Lasers e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “Equipamentos com comprimentos de ondas e duração de pulso mais longos são mais seguros para as peles negras. Pacientes com a cútis mais escura geralmente necessitam aplicações mais suaves e um número maior de sessões”, explica a profissional.
A dermatologista Adriana Isaac, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), recomenda que a fotodepilação a laser seja evitada. Ela salienta que laser mais seguro para esse tipo de fenótipo são os ND-Yag.
Além do cuidado com o tipo de tecnologia utilizada, há mais uma recomendação: evitar por completo exposição ao sol ou aplicação de autobronzeador por, pelo menos, três semanas antes do procedimento; hidratar bem a pele; e usar cremes calmantes após as sessões de depilação.
Para ter atenção
Realizado da maneira correta, além de trazer os resultados esperados evitando o crescimento do pelo, “o procedimento trata foliculites, muito comuns na pele pigmentada, pois o pelo é mais grosso e encrava com facilidade”, afirma Adriana Isaac. Removendo pela raiz, é possível impedir que ele encrave ao crescer e gere essas inflamações.
Há ainda o risco de complicações, que ocorrem, geralmente, devido às queimaduras. Normalmente, podem ser decorrentes de duas situações: aplicação do laser em cútis bronzeadas ou com autobrozeador, e uso com parâmetros errados para o tom de pele da paciente. “Para a cútis negra, o risco de queimaduras é maior, pois a quantidade de melanina é o principal alvo do laser”, explica Taciana.
Os problemas mais frequentes são as manchas, que podem ser mais escuras ou mais claras do que o tom normal da paciente. As manchas claras têm tratamento mais complicado. Geralmente são múltiplas e no formato da ponteira do laser.
Cicatrizes são menos comuns, mas também podem ocorrer se acontecerem queimaduras mais profundas e com acometimento da derme. No caso de surgimento de bolhas e secreção após as aplicações, a pele também pode ficar marcada.
Onde encontrar em Brasília?
Na capital federal, algumas clínicas de estética oferecem o serviço para pele negra. A Glas Laser, por exemplo, utiliza o laser ND-Yag, recomendado por dermatologistas. Além dela, a Dr Laser oferece a depilação com laser de diodo. A EspaçoLaser também oferece o procedimento, mas apenas mediante avaliação prévia.