Sul-africana vence Miss Universo e emociona com fala empoderada
Zozibini Tunzi surpreendeu ao discursar sobre racismo e igualdade de gênero no palco da competição, realizada em Atlanta, nos Estados Unidos
atualizado
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Nas redes sociais, não se fala em outra coisa senão a coroação de Zozibini Tunzi como Miss Universo 2019. Nesse domingo (08/12/2019), a sul-africana conquistou o júri e ganhou, rapidamente, o status de “fada sensata” da internet ao discusar sobre liderança feminina e pressões estéticas no palco da competição, realizada em Atlanta, nos Estados Unidos.
Uma das declarações mais empoderadas de Tunzi, de 26 anos, foi proferida ao receber o título.
“Eu cresci em um mundo onde uma mulher que se parece comigo, com meu tipo de pele e cabelo, nunca foi considerada bonita. Isso acaba hoje. Quero que as crianças vejam seus rostos refletidos no meu”, exclamou, frisando a importância da representatividade.
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Em segundo e terceiro lugar no certame ficaram a porto-riquenha Madison Anderson e a mexicana Sofía Aragón.
Esta é a terceira coroa de Miss Universo que a África do Sul leva. O território já havia vencido o concurso de beleza em 1978 e 2017.
Representante do Brasil, Júlia Horta chegou ao top 20, mas não avançou para as finais. O país tupiniquim triunfou na competição apenas em 1963 e 1968, com as modelos Iêda Maria Vargas e Martha Vasconcellos.
Edição da representatividade
Além de eleger uma negra de cabelos curtíssimos como a grande vencedora, a edição de 2019 do tradicional Miss Universo é considerada uma das mais representativas da história por ter tido, pela primeira vez, uma candidata assumidamente lésbica.
Swe Zin Htet, de 21 anos, falou sobre a orientação sexual dias antes da final. “No começo foi difícil, mas depois de um período eu soube que era lésbica e me aceitei assim”, desabafou à People. Ela abraçou a homossexualidade quando tinha 15 anos.