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Seis ingredientes presentes em produtos de beleza que você deve evitar

Em visita a uma farmácia ou loja de cosmético para comprar maquiagem você, com certeza, já se deparou com rótulos cheios de nomes estranhos e impossíveis de entender. Essas palavras indicam quais são os ingredientes que compõem o produto. O problema é que algumas dessas substâncias facilmente encontradas podem causar sérios problemas á nossa saúde, […]

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1 de 1 mulher produtos loja cosméticos - Foto: iStock

Em visita a uma farmácia ou loja de cosmético para comprar maquiagem você, com certeza, já se deparou com rótulos cheios de nomes estranhos e impossíveis de entender. Essas palavras indicam quais são os ingredientes que compõem o produto.

O problema é que algumas dessas substâncias facilmente encontradas podem causar sérios problemas á nossa saúde, além de serem agressivas para a pele, sendo melhor, então, evitar produtos formulados com esses ativos. Veja quais devemos evitar:

Sulfato: o Lauril Sulfato de Sódio (SLS) são surfactantes frequentemente utilizados para proporcionar poder de limpeza elevado e muita espuma, sendo comuns em shampoos, pasta de dentes e produtos de limpeza corporal. O problema é que, de acordo com o pesquisador e farmacêutico da Consulfarma Lucas Portilho, o sulfato pode desestruturar a barreira cutânea, responsável por proteger a pele e por manter a água no tecido, tornando a pele ressecada e, com o tempo, irritada, avermelhada e inflamada, principalmente em idosos, crianças e pessoas que têm pele sensível. Nos cabelos, a substância ainda pode tornar os fios secos, ásperos e quebradiços, além de favorecer o aumento da oleosidade e o surgimento de caspa.

Polietilenoglicol: trata-se de um ingrediente utilizado como emulsionante ou solvente nos cosméticos e permite que outros ativos e substâncias tenham melhor penetração quando aplicados na pele, aumentando, então, a sua eficácia. Porém, o polietilenoglicol presente nos cosméticos é frequentemente contaminado com outras substâncias de potencial cancerígeno, como o óxido de etileno, além de por si só causar reações alérgicas e eczema.

Parabenos: muito utilizados pela indústria cosmética e farmacêutica por serem baratos, são encontrados em filtros solares, loções, xampus, maquiagens e medicamentos. Os parabenos são conservantes que servem para preservar e prolongar a validade dos produtos, pois os protegem contra o crescimento de fungos e bactérias. “Porém, estudos alegam que a substância pode causar alergias e danos à saúde, estando relacionada, inclusive, ao desenvolvimento do câncer. Mas ainda são necessárias comprovações científicas sobre os males que os parabenos podem causar e o ingrediente ainda é considerado como seguro pela Anvisa quando utilizado dentro da dosagem indicada, que é 0,8 de parabenos na formulação”, explica Lucas.

Ftalatos: os ftalatos são produtos químicos geralmente utilizados em cosméticos para ajudar cores e fragrâncias a fixarem melhor e a durarem mais tempo. Dessa forma, são frequentemente encontrados em perfumes, esmaltes, sprays de cabelo, antitranspirantes, desodorantes e hidratantes. “Estudos indicam que o ingrediente pode causar danos ao fígado, rins e pulmões, anormalidades no sistema reprodutivo e alterações hormonais”, alerta o especialista.

Fragrâncias: segundo a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD), as fragrâncias presentes em perfumes e produtos cosméticos tópicos são uma das principais causas de alergias na pele, conhecidas como dermatites de contato. “São reações alérgicas e inflamatórias da pele causadas pela exposição do paciente a algum princípio ativo ou substância à qual ele tem sensibilidade. Apesar de não serem contagiosas, as dermatites podem atingir o corpo todo, causando irritação, vermelhidão e descamação”, explica. O recomendado, então, é sempre preferir produtos livres de fragrâncias ou sem perfume ou optar por produtos mais naturais ou hipoalergênicos.

Óleo mineral: muito utilizado pelas empresas fabricantes de cosméticos no lugar dos óleos vegetais, devido ao seu baixo custo e por ser menos oxidativo e alergênico, o óleo mineral é um ativo oclusivo, ou seja, impede a evaporação excessiva de água pela pele, sendo frequentemente utilizado em produtos hidratantes. “O problema é que se trata de uma substância comedogênica, ou seja, pode obstruir os poros, facilitando o aparecimento de cravos”, explica a especialista em Estética e Cosmetologia Isabel Piatti.

“O ingrediente também é um vilão para o meio ambiente, pois é proveniente de uma fonte não renovável, isto é, que um dia vai se esgotar. Além disso, após lavarmos o produto com óleo mineral, a substância, que não se mistura com a água e está presente em altas concentrações nos cosméticos, chega até os rios, o que gera um enorme gasto em sistemas de tratamentos para remover o ingrediente da água”, acrescenta.

Como identificar?
É preciso ficar atento à composição do produto, ou seja, quais ingredientes estão presentes na fórmula do cosmético. De acordo com Isabel, os ingredientes obedecem a uma ordem decrescente de concentração. “Os primeiros compostos que aparecem na lista de ingredientes são os que estão em maior quantidade, e os últimos são os que estão em menor quantidade”, ensina.

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