Mito ou verdade: skincare em excesso faz mal à pele?
Uso excessivo de produtos de skincare, como substâncias esfoliantes, é prejudicial à cútis
atualizado
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Recentemente, um artigo publicado pelo jornal americano The New York Times trouxe à tona uma discussão da qual poucas pessoas tinham conhecimento. Em artigo, a jornalista Anya Strzemien defende que uma das maneiras de ser melhor em 2020 é proteger o “manto ácido”, uma espécie de camada natural de óleos e aminoácidos que reveste a pele da face.
Segundo ela, o uso excessivo de produtos de skincare, como substâncias alcalinizantes e esfoliantes, seria extremamente prejudicial à cútis. A destruição dessa barreira traria problemas como inflamações e alergias, justamente o contrário do que se esperar ao fazer a demorada rotina de cuidados com o rosto.
Segundo a dermatologista Simone Neri, na realidade, a pele apresenta uma proteção batizada de barreira cutânea.
“Trata-se de uma camada constituída por gorduras, um lipídeo chamado ceramidas, que fica sobre a epiderme e tem a função de proteger e preservar a hidratação da pele”, ensina.
De acordo com a especialista, essa barreira tem três funções.
São elas:
- Regular a perda de água;
- Determinar o nível de pH da pele, o que cria um ambiente favorável para as bactérias que a habitam, e para que elas possam viver em harmonia na sua superfície, defendendo a pele dos microrganismos indesejáveis;
- Proteger a pele contra o clima, poluição e até a exposição ao sol.
Ela recomenda evitar esfoliações frequentes, o que pode causar uma quebra dessa importante camada protetora. Caso contrário, facilitaria a entrada de germes e dos microrganismos indesejáveis.
“O ideal é fazer esfoliações leves, uma vez por semana”, pontua.
A higienização, por sua vez, precisa ser diária. Após lavar e tonificar, lembre-se da hidratação. É ela quem mantém o equilíbrio da pele. Escolha produtos adequados a seu tipo. Independentemente de ter a cútis oleosa, essa etapa é primordial. Esses passos já seriam suficientes para uma rotina saudável.
Em tempo: a regra vale tanto para mulheres quanto para homens, normalmente mais relapsos no self-care cutâneo.