Grifes apostam em maquiagens variadas para semana de alta-costura
Apesar da luxuosidade das peças e de todo o trabalho orquestrado nas silhuetas exclusivas, a semana de alta-costura valorizou a leveza na hora de compor os makes das modelos
atualizado
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A última semana de moda de alta-costura realizada em Paris mais uma vez mostrou toda sua exclusividade e sofisticação ao apresentar as apostas de marcas renomadas e conhecidas pelo público.
os desfiles mostraram toda a pomposidade costumeira em coleções com essa pegada grandiosa, a beleza escolhida pelos maquiadores, por outro lado, optou por um caminho sutil, com inspirações perfeitas para a mulherada aderir no dia a dia. Enquanto
Pele translúcida, boca nada, cílios levemente separados por um provável rímel transparente e um mix de sombras grafite e cinza. Essa foi a receita utilizada na beleza da Armani Privé que preferiu deixar seus terninhos estruturados e os longos trenchcoats estampados falarem por si só na hora do catwalk.
A pele aliás foi o carro-chefe da beleza de Schiaparelli. Bertrand Guyon, diretor criativo recém-chegado, trouxe uma alfaiataria de peso para as passarelas sem perder o DNA surrealístico atrelado ao sucesso da marca.
Apesar do pink ser a cor que define todo o perfil da mulher Schiaparelli, dois tons de laranjas marcaram o olhar das modelos. Um mais quente na parte superior e outro mais frio na inferior, apresentando um degradê que já havia sido explorado por algumas estrelas na temporada passada, mas que dividiu opiniões quando Jennifer Lopez optou por fazê-lo para um evento.
O Atelier Versace optou pelo belíssimo dualismo das cores primárias. Em uma coleção que valorizou o drapeado, decotes assimétricos e vestidos ampulheta, Donatella Versace deixou o instinto da renomada maquiadora Pat McGrath reinar livre no quesito criação. Na passarela, os looks contrastavam com modelos que suavam ora o delineado azul metalizado, ora a boca maça-do-amor cheia de glitter.
Outra marca que apostou em delineados metalizados e bem marcados foi a Christian Dior, que desde a saída repentina de Raf Simons vem segurando as pontas com a direção criativa dos suíços Lucie Meier e Serge Ruffieux. Longe da simplicidade da maquiagem — que trouxe modelos com pele luminosa –, o volume, vestidos de tafetá preto e muitos bordados caracterizaram a coleção que investiu pesado em tons neutros.
Para fechar com chave de ouro, a maquiagem estilo bonequinha de porcelana da Chanel foi uma das que mais saiu da leveza proposta pelas outras labels. Pele matificada, muitos cílios postiços e blush rosa-bebê marcado nas bochechas foi o tom que deu harmonia aos vestidos suntuosos idealizados pelo nada tradicional, Karl Lagerfeld.