Entenda hype da marca de skincare brasileira com fila de espera de 100 mil
O Metrópoles conversou com os idealizadores da Creamy para decifrar os segredos por trás desse sucesso arrebatador
atualizado
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O triunfo da Creamy não é obra do acaso. Lançada há pouco mais de seis meses e com fila de espera de 100 mil pessoas, a marca de skincare brasileira é praticamente uma receita para o sucesso: tem preço justo, catálogo enxuto (de apenas dois produtos!), identidade visual millenial, dermocosméticos veganos e embalagens recicláveis.
Resumindo, além de democratizar os cuidados com a pele, a empresa se destaca por flertar com as mais diferentes tribos. Atrai dos clientes veteranos da beleza com faro para bons produtos aos jovens consumidores com forte consciência ambiental.
O Metrópoles encontrou uma brechinha na agenda atribulada dos idealizadores dessa bombada marca, o empresário Gabriel Beleze e o dermatologista Luiz Romancini, para desvendar outros segredos da Creamy e tentar entender como o fenômeno começou.
O resultado do bate-papo, com dicas de empreendedorismo e beleza, você confere abaixo!
Da concepção ao lançamento, quanto tempo a Creamy levou para ser criada?
Em torno de 2 anos. Esse período envolveu muita pesquisa para chegarmos às fórmulas que temos hoje e para encontrarmos fornecedores com padrão de qualidade que queríamos.
O que a marca busca trazer de diferente para o mercado de skincare nacional?
Fórmulas à base de ingredientes consagrados, que foram extensivamente estudados, por preços justos.
O que torna os dermocosméticos da Creamy tão disputados?
Acreditamos que um conjunto de fatores, mas, em especial nossas fórmulas inteligentes. Entregamos resultados incríveis e, ao mesmo tempo, acessíveis. Isso só é possível porque inserimos a concentração máxima dos ingredientes que realmente dão resultado e tratam a pele a fundo. Para equilibrar essa equação, retiramos os excessos. Excluímos todos os ingredientes que não agregam, são meramente decorativos, e, algumas vezes, até inibem a performance dos ativos essenciais, como as fragrâncias.
Por que a lista de espera tão longa?
Quando a gente começa uma marca, não sabe a demanda exata que ela vai ter. No caso da Creamy, escolhemos usar diversas matérias-primas importadas, com mais qualidade. Isso significa que o nosso lead time, ou seja, o tempo entre fazer o pedido e recebê-lo, ficou muito maior. Esses insumos vindos de fora do país levam quase três meses para chegar de navio. O tempo é ainda maior na pandemia, que atrasou bastantes a produção de nossos estoques e causou a fila de espera quilométrica. O lado bom de tudo isso é que fomos surpreendidos positivamente pelo aumento da demanda mesmo no cenário economicamente desfavorável em que o país se encontra.
E qual data prevista para normalização das entregas?
Em breve, teremos outros centros de distribuição em lugares estratégicos do Brasil, para que o produto chegue mais rápido e mais barato. A expectativa é de que teremos a normalização do estoque até o final de agosto. Os novos lotes, por serem grandes, serão suficientes para atender consumidores por um longo período.
Como a expertise de Gabriel [idealizador da famosa marca de autobronzeadores Skelt] ajudou no desenvolvimento da Creamy?
Ajudou muito trazendo know how da parte operacional do business, além de truques de branding e marketing. Mesmo assim, a nova empresa teve que começar do zero, pois a Creamy possui um posicionamento bem diferente da Skelt.
Skincare é um universo à parte no mercado da beleza. Sabíamos que seria necessário estudar muito bem esse mercado, que tem como característica consumidores criteriosos, exigentes e muito bem informados. Eles conhecem os ingredientes a fundo e sentem necessidade de se identificar com os valores da marca.
Na opinião de vocês, qual a chave do sucesso da empresa?
Além da identidade visual bem elaborada e do custo-benefício, o fato da Creamy ter sido fundada por um médico. Os produtos foram inspirados pela experiência de Luiz no consultório dermatológico. As fórmulas ganharam vida para suprir uma demanda que ele enxergava no mercado. Agora, enfim, Luiz e demais profissionais de beleza têm dermocosméticos com boa concentração de ácidos e preços acessíveis para prescrever aos pacientes.
A Creamy está sendo muito comparada à The Ordinary, grife de skincare canadense que é case de sucesso em todo mundo. Vocês enxergam similaridades entre as marcas? Gostam dessa comparação?
Gostamos da comparação no sentido de ser uma marca mais acessível de skincare, focada em ativos em concentrações eficazes e com grande transparência nas formulações, sem acréscimos de ingredientes sensoriais e fragrâncias. Na questão de combinação de ativos/ingredientes, no entanto, nossa marca é bem diferente, pois fazemos avaliações criteriosas de combinações e prezamos pela sinergia entre os ingredientes.
O que o futuro reserva para a marca?
Até o fim do ano, acrescentaremos quatro produtos ao nosso catálogo. As novidades também serão voltadas aos cuidados com a face e seguirão a mesma linha de tratamentos com ácidos. Mais adiante, ainda pretendemos internacionalizar a empresa.