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Descubra se máscara de proteção pode causar envelhecimento precoce na pele

O uso dos acessórios por longo período tende a piorar o quadro de doenças dermatológicas, mas não deve ser dispensado

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1 de 1 mácara - Foto: Unplahs/Reprodução

Acessório fiel desde que iniciou a pandemia, em março deste ano, a máscara de proteção é uma das ferramentas essenciais para evitar o contágio com o novo coronavírus. No entanto, o uso do item corriqueiramente pode causar o aparecimento de linhas finas, como o “bigodinho chinês”, e maior incidência de acne. A dermatologista Luanna Caires, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Distrito Federal (SBD-DF), explica como amenizar os prejuízos a cútis.

“O estresse e o fator emocional de toda a pandemia também causam problemas na pele, por conta da produção de cortisol”, afirma Luanna, citando o hormônio que está associado a disfunções na epiderme. Ela acrescenta outros fatores que podem causar o envelhecimento precoce da derme, como o tabagismo, consumo de álcool e açúcar, exposição solar e privação de sono.

A médica ressalta que o uso da máscara de proteção facial é essencial contra o contágio com a Covid-19, portanto, não deve ser descartado. O Ministério da Saúde recomenda a utilização do item em todos os ambientes, tendo em vista que funcionam como uma barreira física, em especial contra a saída de gotículas potencialmente contaminadas.

Acne e rosáceas

Luanna explica que o uso das máscaras por longo período pode piorar o quadro de doenças dermatológicas. Isso porque o abafamento causado pela proteção desencadeia um processo inflamatório dos poros e o aumento da secreção sebácea. Consequentemente, ocorre a piora da acne e o agravamento ou aparição de dermatites e rosáceas, condição que causa vermelhidão na pele.

A médica elenca que é ideal haver a higienização da pele com produto adequado e o uso de protetor solar em todo o rosto, inclusive na área coberta pela proteção. “Também é bom evitar o uso de maquiagem na região, para não ter obstrução dos poros”, afirma.

O cirurgião cosmético Yannis Alexandrides, especialista em reconstrução e restauração facial, acrescentou, em entrevista ao Daily Mail, que uma boa alternativa para evitar os problemas é o uso de um creme nutritivo específico para a pele, em conjunto com a camada de tecido leve para reduzir qualquer atrito adicional.

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A liberação deles durante a manhã contribui em diversos fatores para uma pele saudável
Outra alternativa para evitar os problemas é o uso de um creme nutritivo específico para a pele
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O equipamento reduz drasticamente o risco de contaminação pelo novo coronavírus

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A liberação deles durante a manhã contribui em diversos fatores para uma pele saudável

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Outra alternativa para evitar os problemas é o uso de um creme nutritivo específico para a pele

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Linhas finas

De acordo com Yannis, o uso de máscaras pode causar o agravamento de linhas finas. Segundo o médico, os equipamentos de proteção“degradam a barreira epidérmica por meio de abrasão física”.

Como solução, ele indicou o uso de um tecido leve entre a pele e a máscara. Ou seja, ao colocar a máscara, que deve ter duas ou mais camadas, inclua uma base de cetim ou seda. A justificativa é que o atrito da cútis com o tecido em questão é mais leve e não ocorre a absorção de água.

Luanna explica que a medida não é comprovada cientificamente, embora acredite na teoria de que o cetim e seda deslize mais na pele. Também é importante frisar que esses tecidos não são seguros o suficiente para uso único como máscara, apenas como camada em contato com a pele.

Lábios rachados

Assim como no aparecimento de linhas finas, o atrito com a máscara pode degradar a barreira epidérmica e causar rachaduras e secura nos lábios. Yannis afirma que a solução é o uso de hidratantes labiais para repor a umidade entre a troca das proteções de três em três horas ou quando estiver úmida.

A remoção das proteções do rosto, independente do tipo, deve ser feita pelo elástico ao redor das orelhas. É contraindicado o toque na parte frontal da máscara, porque é a parte de contato direto com o vírus. Caso ocorra o toque, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda a higienização imediata das mãos com água e sabonete ou álcool 70%.

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Ressalva

A limpeza correta das máscaras favorece a saúde do usuário e evita o acúmulo de bactérias no item, diminuindo o risco de inflamações na pele. Segundo infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital de Águas Claras, a máscara deve ser lavada primeiro com água corrente e sabão neutro.

Depois, deve ser colocada de molho de 20 a 30 minutos em solução composta por água potável e água sanitária. Para cada 500ml de água potável, coloque 10ml de água sanitária, o equivalente a uma colher de chá.

Por fim, enxague bem para retirar todos os resíduos de produtos. O Metrópoles já mostrou como lavar a proteção no banho e na máquina lava-roupas.

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