De bem com o verão: veja os cuidados necessários com a pele na estação
Com a chegada do período mais quente do ano, aprenda a ficar corada sem abrir mão da saúde
atualizado
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Quando chega o mês de dezembro, os biquínis saem do armário. Em dias ensolarados e mais longos, a vontade é curtir a estação mais quente do ano com tudo que ela tem direito, pois as praias e piscinas nos esperam. Contudo, nunca é demais repetir alguns cuidados. A marquinha em dia ou aquele queimadinho de sol, na verdade, são sinônimos de exposição solar inadequada.
Não é por coincidência que, no mês de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lança a campanha de conscientização contra o câncer de pele. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país e “pesquisas indicam que o brasileiro desconhece a gravidade do câncer de pele, apesar de saber que a sua principal causa é a radiação ultravioleta do sol”, diz Elimar Gome, dermatologista e coordenador da campanha Dezembro Laranja.
De acordo com o especialista, por mais que a rotina de skincare tenha passado a fazer parte do vocabulário de muita gente nos últimos anos, o protetor solar ainda não é prioridade na lista de compras. E não basta só investir em um belo filtro solar – tem que saber usá-lo.
Para começar, o protetor tem que ter, no mínimo, FPS 30. Quanto maior o fator de proteção, mais eficiente o produto é para garantir segurança contra os raios solares. Ele precisa ser reaplicado a cada duas horas ou após a saída da água, o que vier primeiro. No quesito quantidade, o dermatologista André Moreira, médico da clínica ADA Clínica Alfa Dermatologia Avançada, indica uma moeda de 25 centavos para cada área.
Para quem sofre com manchas na pele, o cuidado tem que ser redobrado. Não adianta passar protetor só no rosto e acreditar que está tudo certo. Quem tem melasma, por exemplo, e pega sol sem protetor no resto do corpo pode sim ter um agravamento do quadro, segundo André.
Mas e o bronzeado?
Primeiro, é importante entender que certos tipos de pele ficam bronzeadas e outras apenas queimam com a exposição ao sol. Ambas exigem a proteção do filtro, mas de acordo com uma medida usada pela SBD, chamada escala de Fitzpatrick, nem todo tipo de cútis tem a capacidade de se bronzear.
Divididas em classificações de 1 a 6, cada tipo de derme é caracterizado pela presença – ou não – de melanócitos, aqueles responsáveis por produzir melanina e dar a pigmentação da cútis. O nível 1 é a pele branca que sempre queima e nunca bronzeia, portanto é extremamente sensível ao sol, e o último, número 6, corresponde à pele negra: nunca queima, é totalmente pigmentada e, por isso, é menos sensível à exposição solar.
No entanto, embora pessoas com pouca pigmentação se queimem com facilidade ao se expor ao sol e tenham maior risco de desenvolver o câncer, a doença também pode se manifestar em indivíduos negros ou asiáticos, de acordo com o dermatologista Elimar.
“É possível curtir o sol sem se queimar e, assim, diminuir o risco de surgimento de manchas, rugas, pele seca ou câncer de pele. 70% ou mais da radiação solar que recebemos durante a vida é adquirida no dia a dia e, somente 30% da radiação é obtida durante momentos de lazer”, explica.
Por isso, a exposição solar excessiva sem proteção adequada, o que implica no bronzeamento, não é indicada em nenhum caso. Esse processo vai resultar em fotoenvelhecimento da derme, aumentar o risco de desenvolver câncer da pele ou provocar queimaduras solares.
Mas, existem outras formas de ficar bronzeada sem prejudicar a saúde da pele. Para quem não abre mão de ficar um pouco mais corada e de exibir uma cútis com ‘a cara do verão’, alguns produtos de estética são seguros e recomendados. Confira aqui uma lista de autobronzeadores e curta a estação com segurança.