Conheça os riscos e benefícios da cirurgia plástica de redução da testa
O procedimento, em alta no país, reduz o tamanho da área por meio de um corte na margem do cabelo
atualizado
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Testas maiores e mais evidentes costumam incomodar algumas pessoas, que podem achar o tamanho desproporcional ao rosto. Quando franjas e truques capilares não são suficientes para amenizar o desconforto, a próxima alternativa é a frontoplastia. A procura pela cirurgia plástica dobrou nos últimos meses, segundo dados compartilhados ao Metrópoles pela médica Patricia Marques, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Patricia afirma que é a pioneira da técnica no Brasil e que já atendeu mais de 200 casos somente neste ano. Ela defende que, por mais incomum que possa parecer, o procedimento promove aumento na autoestima dos adeptos. A cirurgia consiste em avançar o couro cabeludo para frente por meio de um corte na margem do cabelo, reduzindo o tamanho da testa e adequando a proporcionalidade facial. Essa característica, inclusive, é o maior pedido dos pacientes da especialista, majoritariamente mulheres com idades entre 18 e 30 anos.
“No meu consultório, notei um aumento nos últimos meses. As pessoas dizem que estão trabalhando em home office e as chamadas em vídeo deixam mais perceptível o rosto e a testa. Já era algo que incomodava e, agora, ficou mais perceptível, motivando a mudança”, salienta.
Apesar da crescente busca, dados da cirurgia não aparecem nos relatórios sobre cirurgias até 2018 da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da SBCP. Naquele ano, quase 1,5 milhão de cirurgias plásticas foram registradas no Brasil, segundo a ISAPS.
Vantagens e desvantagens
O maior benefício do procedimento é a redução no tamanho da testa, que varia conforme a elasticidade da pele do paciente. Em média, cerca de dois centímetros são diminuídos no comprimento da área, segundo a médica. A cirurgia dura em torno de uma hora e é irreversível, ou seja, não é possível retornar o couro cabeludo ao lugar original.
“Mais importante do que um número na régua é a capacidade de adequar a proporção do terço superior em relação ao terço médio e inferior do rosto, deixando-o o mais harmonioso possível”, conta.
A cicatriz da incisão fica localizada rente ao couro cabeludo. Para amenizar, a cirurgiã utiliza técnica em ziguezague. Dessa forma, os fios crescem e camuflem o corte. “Sempre aviso, na consulta, para ponderar se a cicatriz é algo relevante, porque faz parte do procedimento”, diz.
Complicações
Assim como outras cirurgias, a frontoplastia está sujeita a complicações inerentes, como sangramentos, tromboses e infecção, entre outros. No entanto, Patricia salienta que problemas mais sérios, como paralisia ou alteração de estruturas faciais, não foram registrados até o momento.
“Os nervos motores da face não estão na região operada, então não, não é possível ocorrer uma paralisia. Além disso, a cirurgia por si só não altera feições como a posição dos olhos ou o formato dos lábios. Este tipo de mudança pode acontecer no lifting facial cirúrgico, por exemplo, que envolve incisões nas laterais do rosto, diferente da frontoplastia”, assegura.
A maior dúvida entre é se pode ocorrer queda de cabelo. A médica afirma que sim, tendo em vista que em todo procedimento cirúrgico está sujeito a alterações hormonais. Ela garante, porém, que dura apenas algumas semanas e melhora espontaneamente.
Em relação à dor, Patricia afirma que é mínima durante todo o processo. A recuperação costuma ser tranquila, e é importante separar duas semanas para descansar e não realizar esforço excessivo.