Conheça a onfaloplastia: cirurgia plástica no umbigo é nova tendência
Mulheres querem se livrar de cicatrizes causadas por piercings, excesso de pele por consequência do pós-parto e “aspecto de saltado”
atualizado
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Esqueça plástica de nariz (rinoplastia), lipoaspiração e implante de prótese mamária. A nova queridinha dos consultórios de cirurgia plástica é a onfaloplastia, procedimento no umbigo.
As mulheres são a grande maioria das interessadas. Elas buscam a opção para tornar o umbigo mais “esteticamente aceitável”.“Os umbigos bonitos, normalmente, são bem fechados, orientados verticalmente e sem gordura ao redor. Esse costuma ser o pedido das mulheres. Podemos dizer que cresceu 50% a procura pelo procedimento, e foi logo antes do verão”, explica o cirurgião plástico Victor Lima.
De acordo com os jornais The Guardian e Daily Mail, as referências mais pedidas lá fora são as atrizes Emily Ratajkowski e Jessica Simpson. O cirurgião plástico Carlos Manfrim esclarece que, no Brasil, as pessoas não têm essa ligação com famosos.
“As referências são mais usadas em cirurgias de nariz. Não temos o costume de cultuar celebridades. O mais comum nesse tipo de operação é ouvir as preferências – umbigos verticalizados – e as recusas – como a versão horizontalizada”, opina o especialista.
Técnicas existentes e tratamentos
Estão disponíveis alguns procedimentos para melhorar o umbigo: os mais invasivos e os menos. O uso de cada um depende da aparência e do problema do paciente – apenas um profissional poderá dar o melhor diagnóstico.
“O ideal é entregar o resultado mais natural e imperceptível possível. Ninguém quer uma cicatriz que denuncie a realização de uma cirurgia plástica, então a tendência é elas ficarem dentro do umbigo”, diz Victor Lima.
A maior reclamação notada por Manfrim entre suas pacientes é o excesso de pele acima da concavidade, problema conhecido como “umbigo triste”. Para os casos mais simples, ele indica aplicação de substâncias que promovem retração da derme e aumentam o colágeno da parte profunda (o procedimento Sculptra).
Também existe a Sutura Silhouette, técnica com fios absorvíveis compostos de ácido polilático para acabar com a flacidez, e o Ulthera, um ultrassom microfocado, responsável por emitir ondas que estimulam a produção de colágeno e contraem as fibras musculares.
Nos casos mais graves (gravidez, grande perda de peso, umbigo saltado), não tem jeito: só com cirurgia. A incisão no umbigo é chamada de onfaloplastia. “Tudo é feito por dentro, para melhorar o formato. A cicatriz fica na parte profunda do umbigo, praticamente imperceptível. O outro procedimento cirúrgico usado é a abdominoplastia”, afirma o médico.
A recuperação depende do procedimento. Os mais simples não necessitam de repouso. O fio pode deixar a área roxa, e, nesse caso, o paciente deve evitar tomar sol. A onfaloplastia demanda uma semana sem exercícios que exijam esforço. Já a abdominoplastia requer descanso de três semanas e três meses sem exposição ao sol.
“A grande dificuldade é fazer o paciente entender que, dependendo do caso, os procedimentos minimamente invasivos não vão funcionar. O melhor resultado pode vir apenas com cirurgia. Procure um profissional habilitado, para não jogar dinheiro fora e receber o diagnóstico adequado”, frisa Carlos Manfrim.