Como controlar a queda dos cílios e cabelos na quarentena
De acordo com dermatologistas, o estresse gerado pelo isolamento social é uma das causas da perda dos fios
atualizado
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Não é incomum, de vez em quando, encontrar um cílio perdido na bochecha ou, até mesmo, um quantidade considerável de fios ao passar a mão pelo cabelo. Com o confinamento social, essas quedas têm sido frequentes no cotidiano, e podem estar associadas ao estresse.
A exaustão da rotina não é apenas prejudicial para a mente e para o sistema imunológico, mas também para a saúde dos cabelos.
“Em momentos de nervosismo liberamos cortisol, popularmente conhecido como hormônio do estresse. Estima-se que o aumento do cortisol por um longo período de tempo esteja envolvido no processo de queda dos cabelos”, explica a dermatologista e tricologista Kédima Nassif.
A perda excessiva das mechas tem impacto significativo na aparência e pode ser fonte de preocupação para homens e mulheres, segundo a dermatologista Simone Neri.
“As mulheres não dão a devida atenção para o problema e só procuram um especialista quando a queda já está bastante acentuada, e a calvície instalada”, relata.
O Metrópoles conversou com dermatologistas para explicar as principais razões da diminuição de cílios e cabelos. Elas também ensinam a melhor solução para evitar esse incômodo.
Confira!
Causas da queda
A dermatologista Simone Neri esclarece que a queda dos cabelos e dos cílios está associada a diversos fatores, incluindo anormalidades metabólicas, alterações endócrinas, predisposição genética, doenças sistêmicas, remédios, entre outras.
No entanto, no atual momento de isolamento social, o estresse é uma dos principais motivos para as pessoas se atentarem a perda das pestanas.
“A preocupação com a queda deve ser um alerta se as hastes se desprendem espontaneamente em número igual ou maior que 100, se ocorre perda de densidade e proteinização dos fios, se o volume capilar diminui acentuadamente, se a queda persiste por tempo acima de sessenta dias ou se começam a surgir falhas”, alerta a dermatologista Claudia Marçal.
A especialista ainda alerta que o diagnóstico só pode ser feito após a averiguação clínica desse paciente com exame tricológico para saber em que fase os fios estão (anágena, telógena ou catagena) e biópsia do couro cabeludo para confirmar se esse paciente é portador da calvície de padrão familiar e hereditário.
“Com base nessa investigação, o tratamento será prescrito caso a caso, e o dermatologista escolherá a melhor conduta”, finaliza a médica.
Como evitar
Para te ajudar a solucionar a perda do cílios e fios de cabelos, as especialistas fizeram uma lista de recomendações para você conseguir encontrar o equilíbro nessa quarentena.
Aposte nas dicas!
- A dermatologista Simone Neri orienta que a a higienização dos cabelos é essencial para mantê-los saudáveis. Procure usar produtos adequados para o seu tipo de fio, que não causem alergias e ressecamentos. No caso dos cílios, eles devem ser lavados com xampu neutro diariamente.
- Investa em cuidados que ajudem na redução do estresse e, consequentemente, na prevenção da queda capilar, apostando, por exemplo, na prática de meditação e mindfulness, orienta a cirurgiã plástica Beatriz Lassance. “O Mindfulness pode ser traduzido como atenção ou consciência plena.É uma forma específica de prestar atenção em tudo o que acontece no presente de forma intencional e sem julgamentos. É uma prática que colabora para o gerenciamento do estresse, melhora da concentração e da produtividade”, conclui.
- Para a dermatologista Kédima Nassif, o ideal é consultar seu médico on-line. Porém, um dos tratamentos recomendáveis é o uso tópico de Minoxidil. “O medicamento promove o aumento da circulação sanguínea do couro cabelo com consequente melhora na oxigenação da região. Com isso, há a prolongação da fase anágena, ou seja, a fase de crescimento dos fios, que passam a nascer mais fortes e saudáveis”, garante.