Alerta: brasiliense tem queimadura grave com técnica de depilação
Em grupo no Facebook, usuária contou que temperatura elevada e problemas no manuseio provocaram queimaduras graves em suas axilas
atualizado
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A depilação é, sem dúvida, um dos procedimentos de beleza mais comuns e procurados nos salões de beleza. Não à toa, a cada ano surgem novas tecnologias para acabar com os pelos de forma fácil e, em alguns casos, sem dor. No entanto, há quem prefira, ainda, a tradicional depilação com cera quente. Apesar de popular, a técnica pode causar ferimentos graves quando conduzida sem os devidos cuidados.
Uma publicação do grupo Mães Amigas de Brasília nessa terça-feira (19/11/2019) expôs o que seriam sequelas de um procedimento mal-sucedido, e chocou quem acompanha a página no Facebook. No post, a usuária identificada como Patrícia afirma que, ao se submeter à depilação nas axilas, em um salão de beleza que não costuma frequentar, teve queimaduras de segundo grau.
Segundo especialistas, relatos como o de Patrícia são mais comuns do que parecem. Isso ocorre porque, para facilitar a aplicação da cera, alguns profissionais elevam demais a temperatura. Para evitar que isso ocorra, é fundamental que o responsável por esse tipo de depilação tenha conhecimento, avalie a pele da pessoa que irá depilar, certifique-se de possíveis resistências ao procedimento e tenha o auxílio de mecanismos/termômetros para controlar a temperatura empregada, que deve estar entre 38 ºC e 40 ºC.
A forma como o material é manuseado também é importante. Deve-se evitar, por exemplo, o excesso de “puxadas” e soluções caseiras. Caso contrário, além de queimaduras, é possível gerar pelos encravados, infecções graves e hipercromia (manchas escuras) na área, principalmente em pacientes de pele morena e negra.
De acordo com a dermatologista Natália Medeiros, os problemas podem ser ainda mais graves caso a depilação ocorra em uma área íntima.
“Pode causar microtraumas e deixar a área mais exposta, o que facilita a entrada de agentes infecciosos e favorece o desenvolvimento de foliculite, por exemplo. É possível que os riscos sejam ainda maiores quando existe reutilização da cera, com contaminação por fungos e vírus, inclusive alguns sexualmente transmissíveis”, afirma.
Relatos
No post publicado por Patrícia, outras usuárias relataram experiências semelhantes – e muito dolorosas. “Aconteceu comigo, não queimou igual à sua, porém fiquei com as axilas vermelhas, ardendo. Tive febre”, escreveu uma integrante do grupo.
Há relatos de quem teve problemas com outros métodos. “Já fui queimada numa clínica de depilação a laser. Fiquei traumatizada, nunca senti tanta dor”, publicou outra internauta.
Para evitar problemas semelhantes, a dermatologista indica buscar profissionais especializados em depilação e bem-avaliados pelos clientes.
Uma forma de verificar a expertise do estabelecimento é ver o que os usuários dizem a respeito nas redes sociais. Além disso, peça para saber a marca da cera que está sendo usada e certifique-se de que todo o material utilizado é adequado para o procedimento e descartável.
“Todos os métodos de depilação têm seus prós e contras, mas é importante saber da qualificação do profissional e dos cuidados com a higiene do estabelecimento. A escolha do método de depilação pode variar com a extensão e localização da área a ser tratada, lembrando-se também do custo, que varia bastante de um método para outro”, finaliza.