Bar considerado berço da luta LGBTQIA+ pede ajuda para não fechar as portas
Proprietários e frequentadores do icônico Stonewall Inn iniciaram uma campanha para garantir manutenção do local e dos empregos
atualizado
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Proprietários e frequentadores do Stonewall Inn, bar nova-iorquino considerado berço do movimento por direitos LGBTQIA+ nos Estados Unidos, estão pedindo ajuda para que o local não feche as portas. Assim como a maioria dos estabelecimentos do segmento, o bar está há vários meses fechado, sem faturar, por causa da pandemia do novo coronavírus.
Para evitar a falência da atração turística, foram criadas duas vaquinhas virtuais: uma que busca arrecadar US$ 50 mil para mantê-la aberta; e outra, com US$ 60 mil como meta, para continuar pagando os funcionários do Stonewall durante o período de fechamento.
“Assim como muitas famílias e negócios, estamos com dificuldades. Mesmo em condições normais, é difícil manter um negócio pequeno como o nosso aberto. Neste momento, enfrentamos ainda mais incerteza. Mesmo quando reabrirmos, provavelmente será sob condições restritas, o que vai limitar nossas possibilidades de lucro”, explicaram os donos em comunicado.
História
O mês do orgulho LGBTQIA+ é celebrado ao redor do mundo em junho por causa de episódio ocorrido no Stonewall Inn, em 1969. Policiais tentaram entrar no local e prender os clientes.
Naquela época, era comum policiais invadirem estabelecimentos considerados redutos da comunidade gay e tratarem aos frequentadores com brutalidade. No dia em questão, no entanto, os clientes do Stonewall Inn revidaram.
Liderados por mulheres transgênero negras e latinas, como Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, os frequentadores do local atiraram tijolos e enfrentaram a polícia. O incidente serviu de combustível aos primeiros protestos organizados em busca por direitos para a comunidade.