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Bailarina do DF ganha bolsa de estudos em renomada companhia de Israel

Gabriela Vaisman, de 18 anos, representará o Brasil na nova turma profissionalizante da Kibbutz Contemporary Dance Company

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1 de 1 gabriela vaisman - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

A dança faz parte da vida de Gabriela Vaisman desde a primeira infância. Pliés, tendus e jetés do balé clássico aos poucos deram espaço na rotina dela a movimentos mais ousados da dança contemporânea, grande paixão da brasiliense de 18 anos. Ex-aluna da tradicional academia Lúcia Toller, na Asa Sul, a jovem está prestes a alçar voos maiores: ela representará o Brasil na nova turma profissionalizante da Kibbutz Contemporary Dance Company, em Israel.

Brasiliense foi aceita em renomada companhia de dança internacional

De quarentena na Colômbia para entrar no país do Oriente Médio, ainda com as fronteiras fechadas para o Brasil por causa da Covid-19, Gabriela revelou ao Metrópoles a emoção de ser aceita — e ganhar uma bolsa de estudos — em uma das companhias mais prestigiadas do mundo. “O coração está a mil! Mal posso esperar para respirar a dança quase 24 horas por dia durante um semestre inteiro”, declara a recém-formada no Ensino Médio.

Ela relembra o longo percurso até conquistar a vaga. “Comecei no balé aos 5 anos e, aos 7, entrei para o jazz. A dança foi me cativando aos pouquinhos e, quando vi, estava fazendo aulas de segunda a sábado. Chegava 22h em casa todos os dias e, nas horas vagas, ao invés de estudar matemática ou usar o celular, me alongava e treinava as coreografias aprendidas em classe”, recorda.

Para ter um desempenho ainda melhor nos espetáculos, a jovem também deu início a aulas de canto e teatro, sempre com investimento e apoio incondicional dos pais.

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Ela entrou para as aulas de balé aos 5 anos
E nunca mais abandonou a dança
A brasiliense também canta e atua
O maior sonho dela é ser uma estrela da Broadway
"Bailarinos têm uma vida muito regrada", declara a jovem, revelando o lado não tão positivo da profissão
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Gabriela (à esquerda) é uma artista multifacetada

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Ela entrou para as aulas de balé aos 5 anos

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E nunca mais abandonou a dança

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A brasiliense também canta e atua

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O maior sonho dela é ser uma estrela da Broadway

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"Bailarinos têm uma vida muito regrada", declara a jovem, revelando o lado não tão positivo da profissão

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"Além das horas de treino todos os dias, precisamos fazer pilates e musculação regularmente para evitar lesões", adiciona

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Gabriela na Colômbia, onde faz quarentena para entrar em Israel. "Vim sozinha e estou hospedada em um hostel até poder voar para o Oriente Médio, em 31 de agosto. Medo de viajar sozinha? Nenhum. Estou ansiosa para a minha nova vida, isso sim", exclama

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A bailarina já participou de diversas competições de dança

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E será a única representante do Brasil nesta edição do programa internacional

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A ideia de participar da audição para a companhia internacional surgiu por acaso. “Eu tinha um intercâmbio marcado para os Estados Unidos que foi cancelado por causa da pandemia e, desde então, minha cabeça não pensava em outra coisa além de estudar no exterior. Pesquisando na internet, encontrei a Kibbutz na lista de melhores escolas de dança contemporânea do mundo e me interessei”, conta.

A instituição pareceu a alternativa perfeita para a brasiliense, que é de família judia e tem parentes em Israel. “A data para enviar o vídeo da audição deste ano para a companhia já tinha passado, mas mandei um e-mail e eles abriram uma exceção. Corri para conseguir gravar todos os passos de dança exigidos a tempo, em uma gravação de no máximo seis minutos, e deu certo. A aprovação veio em três dias”, diz, ainda incrédula.

Para produzir o vídeo, Gabriela usou uma sala emprestada da Lúcia Toller, sua “academia do coração”, e pediu auxílio a uma amiga de sua mãe, que é ex-bailarina. “Ainda solicitei instruções para o professor Rodrigo Mena Barreto, meu mestre, que me informou a maneira ideal de filmar: de collant preto, com os cabelos bem presos e boa atitude”, detalha.

Segundo a jovem, o programa internacional contará com a participação de 25 alunos de países como a Polônia e a França. “Dormiremos a poucos passos de uma sala de dança e conviveremos com bailarinos profissionais”, complementa, empolgada. As aulas serão ministradas em inglês, mas Gabriela também planeja aprender hebraico, a língua oficial do país.

A bolsa de estudos dela surgiu graças a uma parceria da Kibbutz com a agência Masa, que estimula judeus do mundo inteiro a morarem no Oriente Médio.

Em áudio, o professor Rodrigo Mena Barreto comenta a ascensão da aluna:

Sobre a Kibbutz

A companhia de dança contemporânea foi fundada em 1970 pela icônica dançarina e coreógrafa israelense Yehudit Arnon, que assumiu o cargo de diretora artística da instituição até 1996.

Anualmente, a Kibbutz abre vagas para jovens talentos do mundo inteiro despontaram na dança e vivenciarem o dia a dia de bailarinos profissionais.

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