Bahia registra surto de botulismo; veja como evitar a doença
A infecção costuma ocorrer, sobretudo, pelo consumo de alimentos contaminados durante a produção
atualizado
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Você provavelmente já ouviu falar sobre botulismo, uma doença neuroparalítica grave causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum e que pode levar à morte em questão de horas.
Recentemente, dois casos deixaram muitas pessoas preocupadas. Um aconteceu na França, onde cinco pessoas foram parar na UTI após consumir molho pesto contaminado em uma festa. Agora, no Brasil, não estamos distantes dessa realidade.
A Bahia vive um surto da doença, o que inclui seis casos confirmados, cinco deles em residentes da zona rural, com idades entre 17 e 39 anos.
A suspeita é de que a infecção tenha sido ocasionada por mortadela de frango, já que quatro pessoas relataram o consumo na véspera dos sintomas.
A infecção costuma ocorrer, sobretudo, pelo consumo de alimentos contaminados durante a produção ou, principalmente, pela conservação inadequada.
Os alimentos mais comumente envolvidos, segundo o Ministério da Saúde, são conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne de lata); pescados defumados, salgados e fermentados, além dos enlatados industrializados. O mel também oferece riscos e, assim, não deve ser oferecido para crianças menores de 2 anos.
Os sintomas podem ocorrer entre 2 horas ou 10 dias após o consumo, mas a média é de 12 a 36 horas. Os sintomas são insuficiência respiratória por paralisar os músculos envolvidos na respiração.
O tratamento envolve soro e antibióticos, mas, para evitar a doença, é muito importante estar atento às embalagens, além de restringir a compra a produtos de boa procedência e ser rigoroso com a higiene ao preparar conservas.
Logo, lave sempre as mãos, não consuma alimentos em conserva que apresentarem latas estufadas, vidros embaçados, embalagens danificadas, vencidas ou com alterações no cheiro e no aspecto. Por fim, aquecer os alimentos por 10 minutos em temperatura acima de 80º já é suficiente para eliminar as toxinas.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica