Casa Brasiliense: lar exibe coleções de arte contemporânea e indígena
Antonio Henrique expõe em sua casa peças decorativas adquiridas em anos de viagens pelo mundo
atualizado
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O trabalho como designer de joias e a lista expressiva de lugares visitados pelo mundo faz com que a casa de Antônio Henrique, de 53 anos, se tornasse um reduto de arte e estilo. O espaço de mais de 400m² exibe quadros, artigos de decoração e mobiliário selecionados a dedo pelo colecionador, que descobriu o hobby durante os anos em que fez a composição visual do lar.
O ambiente construído por ele ganha, agora, destaque na série Casa Brasiliense, publicada aos domingos pelo Metrópoles, desde dezembro do ano passado. A reportagem mostra como moradores do Distrito Federal transformam a própria residência em um espelho de suas personalidades. Anteriormente, apareceram a aposentada Elizabeth dos Reis Guimarães e a turismóloga Pati Herzog.
Ele mora no Lago Sul com o companheiro e mais seis cachorros. A família grande desfruta de uma casa com quatro níveis e uma ampla área externa, com varanda, garagem, piscina e jardim. Na parte construída, são três quartos, estúdio, sala de estar e jantar integrada, cozinha e mezanino.
O lar foi comprado em 2008 e passou por uma reforma de um ano e meio antes de finalmente ser ocupado. “Eu morava na Holanda e estava voltando para o Brasil depois de 15 anos fora. A ideia era que aqui funcionasse não só como casa, mas como trabalho, para comportar tudo que a gente faz”, explica Antônio, que nasceu em Goiânia, no Goiás.
Enquanto morava na Europa, ele adquiriu e colecionou peças artísticas que atualmente compõem a decoração. “A base do meu trabalho são as coisas bonitas que vejo em viagens. Vou comprando coisas belas, como pedras, tecidos, tapetes. Nunca tive espaço para colocar tudo, porque morava em um espaço bem pequeno. Quando vim para cá, me vi com espaço de sobra. Saí de 40m² na Holanda e fui para 400m² no Brasil”, relembra.
A exposição das recordações e peças decorativas despertou a veia colecionadora de Antônio que, embora tenha descoberto o hobby apenas recentemente, acredita que é uma característica antiga em sua personalidade. Ele recorda que comprou a primeira peça de arte com 14 anos e, enquanto não estava no país, deixou-a guardada na casa da mãe.
Nas paredes brancas da casa, há à disposição coleções de arte contemporânea, indígena e popular. As mobílias são predominantemente amadeiradas e foram, em geral, desenhadas por artistas nacionais. Em relação aos quadros, grande parte é de arte plumária brasileira, como os cocares.
“A decoração acabou sendo uma tradução da minha trajetória, pude colocar o que tem dentro para fora. Não foi intencional e nem pensado, apenas inclui as coisas ao longo do tempo e foi acontecendo. Hoje, olho e percebo que a casa reflete o DNA do meu trabalho e alimenta o meu processo criativo”, finaliza.
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