Após invasão nos EUA, arquitetos sugerem “fortaleza” ao redor do Capitólio
Segundo experts de um escritório alemão, prédio do legislativo americano apresentou falhas no dia do conflito entre invasores e policiais
atualizado
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Um estúdio de arquitetura alemão sugeriu uma modificação na região ao redor do Capitólio, prédio do legislativo americano, situado em Washington, nos Estados Unidos. A proposta é que o local seja transformado em uma fortaleza para “proteger a democracia” de ameaças semelhantes à da semana passada.
No dia 6 de janeiro, manifestantes pró-Donald Trump, atual presidente dos EUA, invadiram o edifício emblemático. Até o momento, o ataque causou cinco óbitos.
A proposta foi nomeada como “Castelo do Capitólio” e envolve a criação de um muro de 1,5 metro de espessura nas redondezas da propriedade. O fundador do Opposite Office Benedikt Hartl disse, ao site Dezeen, que será preciso adicionar uma camada secundária ao monumento, como um escudo protetor.
A parede seria construída com tijolos reciclados de resíduos de construção. O edifício original, projetado por William Thornton e concluído em 1800, não seria modificado diretamente, apenas protegido pela barreira. “Nós consideramos a democracia como algo adquirido, mas não é. Lutaram por séculos para consegui-la. A democracia deve ser cheia de vida e renovada”, salientou Benedikt Hartl.
“Mesmo que não pareça à primeira vista, o conceito político e social por trás disso é mais profundo: a distopia do ‘Castelo do Capitólio’ busca contribuir para o debate sobre a democracia e sobre a capacidade de protegê-las”, completou.
Politizado
O Opposite Office é conhecido por se posicionar em temas relevantes para o contexto mundial. Anteriormente, o estúdio sugeriu a transformação do aeroporto de Brandenburg, na Alemanha, em um “superhospital” focado em casos de Covid-19. Também levantou a hipótese do redesenho do Palácio de Buckingham em um espaço de convivência, como uma solução para a crise habitacional de Londres, na Inglaterra.