Aos 31 anos, brasiliense é premiada com Oscar da arquitetura em Portugal
Gabriella Gama se formou em arquitetura em 2011. Menos de uma década depois, foi reconhecida com um dos prêmios mais importantes do segmento
atualizado
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A vocação da capital federal para a arquitetura continua lançando novos talentos ao mundo. Aos 31 anos, a brasiliense Gabriella Gama, formada pelo Centro Universitário de Brasília (Uniceub), venceu o Architizer A + Awards 2020, prêmio internacional considerado o Oscar do segmento.
O projeto vencedor é de seu próprio escritório, Apparatus Architects Studio, fundado em sociedade com o arquiteto francês Filipe Lourenço, com quem Gabriella é casada. O espaço de 70m² está localizado no bairro Príncipe Real, em Lisboa, e conquistou o primeiro lugar pelo voto popular, na categoria Arquitetura e Tetos.
“Estamos extremamente surpresos e contentes. Nos escrevemos antes da pandemia, com pouco tempo de escritório, e cientes de que os maiores do mundo iam competir. Está sendo bem especial”, conta Gabriella, em entrevista ao portal.
A profissional concorreu com um escritório dinamarquês com filial em Abu Dabi, dois grandes nomes da China e um americano com sede em Boston. “Disputamos com pessoas que são ídolos para a gente, que nos inspiram”, diz.
A profissional nasceu em Brasília e morou na cidade até se formar, em 2011. Depois, foi cursar um mestrado na Architectural Association, em Londres, onde conheceu Filipe. “Passamos um ano morando na França até que surgiu uma cliente interessante em Portugal. Ambos falamos o idioma e o país é muito rico culturalmente. Então, a mudança foi natural”, detalha.
Agora, ela pretende colher os frutos do trabalho e consolidá-lo, uma vez que teve seu diploma reconhecido em território europeu.
“Ver o reconhecimento do nosso trabalho é muito gratificante, principalmente quando o mundo passa por um momento extremamente difícil e instável, onde questionamos a nossa forma de viver por completo, tanto de nos relacionar uns com os outros como espacialmente. Tem sido um momento de interiorização, reflexão e aprendizagem”, conclui a arquiteta.