Além da Casa Abandonada: 3 casarões que realmente merecem a visita
Misturando história e arquitetura, confira algumas construções que marcam a trajetória arquitetônica do país
atualizado
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No último mês, o Brasil ficou estarrecido e parou para ouvir a história de uma mulher que, foragida do FBI, se esconde em um casarão abandonado em São Paulo. A residência resistiu em meio aos prédios e tem recebido visitas constantes de curiosos. Mesmo sem ser a intenção de Chico Felitti, jornalista que narra a história que viralizou no Spotify e no TikTok, virou point em um dos bairros mais nobres de São Paulo.
Pensando nisso, o Metrópoles separou três casarões brasileiros que realmente merecem sua visita. Eles contam um lado da história que, diferentemente do caso de São Paulo, não precisa ou merece ser esquecido.
Casa de Dona Yayá, em São Paulo
Com história parecida com a dos barões, essa residência fica localizada no bairro do Bixiga, em São Paulo, e abrigou por mais de 40 anos a proprietária, Sebastiana de Mello Freire, a Dona Yayá. Herdeira de uma família da alta sociedade paulistana, Yayá sofria de distúrbios mentais e a residência foi o seu grande refúgio.
Construída no final do século 19, a residência foi tombada pelo estado de São Paulo em 1998 e pela cidade em 2002. Um dos símbolos da época em que foi construída, as paredes de uma edificação de tijolos mantém sua construção original, o que remete a popularização da técnica construtiva até então pouco difundida na cidade.
Localizada na rua Major Diogo, a residência se transformou em um museu e pode ser visitada das terças aos domingos. Atualmente, a casa abriga o Centro de Preservação Cultural da USP.
A Casa dos Contos, em Minas Gerais
Construída entre 1782 e 1784, no estilo barroco mineiro, o Museu Casa dos Contos foi chamada, incialmente, de a “Casa dos Contratados” do arrematante João Rodrigues de Macedo. Influente na história de Minas, a construção serviu de prisão nobre de Inconfidentes, como Cláudio Manoel da Costa.
Desde sua construção, a residência já foi sede para prédios públicos da cidade, como Administração e Contabilidade Pública da Capitania de Minas Gerais; Casa de Fundição e da Moeda e Ministério da Fazenda.
A residência fica localizada em Ouro Preto, na Rua São José. Em 1950, a construção foi totalmente reformada e tombada pelo IPHAN. Contando a história de Minas, no porão da casa tem uma suposta senzala com peças que contam sobre a escravidão na região. A visitação é gratuita.
A Casa da Baronesa, no Rio Grande do Sul
Estima-se que a residência tenha sido construída por volta de 1871. Seu proprietário foi Annibal Antunes Maciel Júnior (1838-1887), que recebeu o título de barão de Três Serros. A Casa da Baronesa tem dois pavimentos e, no terreno, duas propriedades que hoje pertencem à prefeitura de Pelotas.
A construção de maior tamanho se transformou em um museu aberto a visitações, mantendo características da época em que foi construída. A residência fica localizada na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, mais especificamente no bairro Areal, entre as Av. Domingos José de Almeida e Av. São Francisco de Paulaao Sul.
A família que habitou ali, se consagrou pela produção de carne salgada, com base na mão de obra escravizada, o que impulsionou o desenvolvimento da cidade. A história da vida escrava ali, segundo visitantes, foi algo que tentou ser mantido após sua reforma.
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