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Adoçante ajuda a emagrecer ou contribui para o ganho de peso? Entenda!

É comum, entre quem quer emagrecer, substituir o açúcar pelo adoçante. Contudo, será que a substituição é recomendada?

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Foto colorida de mão branca colocando sachê de adoçante em xícara de café. Ao lado, há um celular e a outra mão segura uma colher pequena - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mão branca colocando sachê de adoçante em xícara de café. Ao lado, há um celular e a outra mão segura uma colher pequena - Metrópoles - Foto: Alina Rosanova/Getty Images

Para emagrecer, é comum que façamos certas associações, seja do consumo alimentar, seja de alguns hábitos triviais do dia a dia, em vista do objetivo. Um desses hábitos, por exemplo, é a substituição do açúcar por adoçantes. Não à toa, adoçantes são conhecidos como “adoçantes dietéticos”.

No entanto, é válido frisar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já publicou uma diretriz recente alegando que esses produtos não devem ser utilizados como substitutos do açúcar visando o controle do peso corporal ou a redução de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como diabetes e doenças cardiovasculares. Porém, é preciso, primeiramente, entender e interpretar bem o que essa informação quer dizer.

Antes de tudo, a afirmação não se aplica aos indivíduos com diabetes preexistente. A recomendação da OMS quer reforçar que adoçantes não devem ser utilizados para perda de peso, uma vez que, para isso, diversos outros hábitos devem ser ajustados. Vale frisar que desaconselhar o adoçante nessas situações também não quer incentivar o consumo de açúcar nas preparações.

A OMS recomenda, em vez de substituir o açúcar por outros produtos adoçantes – mesmo de baixa caloria -, eliminar totalmente e, desde cedo, o consumo de bebidas e alimentos com sabores doces, com exceção de frutas.

Além disso, a agência incluiu essa recomendação junto a um contexto de diretrizes com a finalidade de “estabelecer hábitos alimentares saudáveis ao longo da vida, melhorar a qualidade da dieta e diminuir o risco de doenças não transmissíveis em todo o mundo”, já que essa é a única alternativa decisiva para quem quer perder peso de maneira saudável.

Para reforçar o direcionamento, adoçantes artificiais já foram associados até como aliados do ganho de peso. Um estudo científico revelou que adoçante artificial pode aumentar o apetite. Para chegar à conclusão, a investigação acompanhou 74 pessoas, que foram separadas em três grupos: indivíduos saudáveis, com sobrepeso e obesos.

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Todos eles tomaram 300 ml de diferentes líquidos em três situações: para um grupo, a bebida era adoçada com açúcar; no outro, com adoçante sucralose e, por último, apenas água. O estudo mostrou que mulheres e pessoas obesas tiveram mais vontade de comer após consumirem bebidas com adoçante, em comparação ao grupo que tomou líquido com açúcar.

Também foi observado uma queda nos hormônios que regulam o apetite após a ingestão do adoçante. Logo, essa investigação sugere que consumir refrigerante zero/diet pode culminar no ganho de peso ou interferir na perda de peso? Não diretamente.

O estudo avaliou um mecanismo de ação dos adoçantes, assim, tudo dependerá do tipo de dieta do indivíduo, inclusive do valor calórico consumido diariamente, do estado nutricional (se é obeso ou eutrófico), além do estado metabólico (se sofre de resistência à insulina ou diabetes), entre outros pontos.

Estudos como esse já nos mostram que não podemos reduzir o contexto do emagrecimento ao simples uso de adoçantes, já que emagrecimento se trata de um processo muito mais complexo. Exagerar em substâncias doces, seja por adoçante ou por açúcar, jamais será a melhor decisão. Vale ressaltar que a OMS jamais reforça o uso de açúcar só porque não recomenda os adoçantes.

O açúcar é um aditivo químico que, ainda que os alimentos não contenham a adição dele, não significa que já não o tenha. A maioria dos alimentos são metabolizados até se transformarem em açúcar no organismo, mesmo que não tenham adição.

Assim, o açúcar já pode, sim, ser considerado uma das substâncias responsáveis pela obesidade e seu uso não deve ser incentivado em nenhuma medida. O ideal é reeducar o paladar para desfrutar dos alimentos na forma in natura.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

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