Aditivo químico usado em bebidas e alimentos pode “destruir” sua saúde
Existe um aditivo químico que podemos encontrar em refrigerantes e sucos industrializados que causa efeitos colaterais indesejados. Entenda
atualizado
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Os alimentos ultraprocessados já são apontados por diversos estudos, inclusive por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), como potencialmente cancerígenos.
Por conter uma vasta gama de aditivos químicos, como conservantes, corantes, acidulantes, somados à presença de açúcares, gorduras e outros itens para torná-los palatáveis, resultam numa combinação nada atraente para a vitalidade e a saúde.
Dentre tantos tipos de aditivos, existe um composto químico conhecido como metabissulfito de sódio, que podemos encontrar em diversos rótulos de produtos, inclusive nos refrigerantes e sucos industrializados.
Ele é utilizado por algumas indústrias, como alimentícia, farmacêutica e têxtil, e, em cada uma delas, com doses e funções distintas.
No ramo alimentício, ele é empregado como conservante, sendo parte da ampla fama de sulfitos disponíveis, inibindo o crescimento de microrganismos, além de evitar o escurecimento ou a descoloração do produto. Seu uso, no entanto, pode trazer efeitos colaterais.
Segundo a Autoridade de Segurança Alimentar e Econômica de Portugal (ASAE), o composto pode causar irritação gástrica em razão da liberação do ácido sulfuroso, além de reações alérgicas na pele e nas vias respiratórias, principalmente em indivíduos asmáticos.
Outro estudo, da National Library of Medicine, dos Estados Unidos, informou que a inalação do composto, além de tóxico, causa irritação na pele e nos tecidos do corpo. Fora que a substância se torna um ácido corrosivo quando em contato com a água, por isso, é utilizado como reagente de laboratório.
Por causa disso, o composto químico deve ser utilizado sob regras rígidas na indústria e com protocolos de dosagem e manipulação, a fim de não prejudicar a saúde dos funcionários das fábricas nem dos consumidores.
Apesar do uso dos aditivos ser regulamentado por organizações de saúde, a exemplo da Organização Mundial de Saúde (OMS), a segurança pode ser controversa a depender da frequência do consumo e da quantidade que os indivíduos se expõem a essas substâncias.
Alguns estudos demonstram que aditivos — como corantes e conservantes — estão associados a reações alérgicas, doenças autoimunes e hiperatividade.
E a parte mais triste dessa história? 80% das crianças de até 2 anos já consomem ultraprocessados, expondo o organismo a esse aditivo. Por isso, as políticas de conscientização são tão importantes.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica