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5 sinais “silenciosos” de que você está excedendo no consumo de álcool

Para muito além da dieta, repensar o consumo regular de álcool pode ser uma estratégia valiosa para a saúde do organismo

atualizado

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pessoas brindando com copo de cerveja
1 de 1 pessoas brindando com copo de cerveja - Foto: Getty Images

O consumo de bebida alcoólica está entre os maiores entraves de quem busca sucesso na dieta. Se você não for capaz de equilibrar bem a ingestão desse tipo de bebida, o tiro sairá pela culatra. 

Isso porque, além do alto valor calórico, o álcool induz a uma resposta inflamatória do organismo e também aumenta a desidratação, principalmente na musculatura.

Por isso, repensar o consumo regular de álcool pode ser uma estratégia válida para muito além do shape. Se para você um mês sem ingestão de álcool parece absurdo, é hora de repensar

Para se ter ideia, o alto consumo desse tipo de bebida já foi associado a maiores riscos de câncer. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo diário não poderia exceder uma dose para mulheres e duas doses para homens. Isso representa uma lata de 350 ml de cerveja, uma taça de 150 ml de vinho ou uma dose de 45 ml de destilado. 

No entanto, vale frisar que não existe dose segura para ingestão de álcool. Qualquer dose, a depender do organismo, pode repercutir em efeitos deletérios. O corpo, por sua vez, pode acusar quando a ingestão de bebida já não está caindo bem. 

Aqui vão cinco sinais ocultos e “silenciosos” de que você está se empolgando demais nas bebidas: 

Potencializa sintomas de ansiedade e depressão

O álcool é conhecido como uma substância depressora do sistema nervoso, ou seja, ele diminui as atividades do Sistema Nervoso Central  (SNC), e isso pode repercutir ou desencadear até sintomas de ansiedade ou depressão.

Imagem colorida de mulher com aparência de ansiosa - Metrópoles
O álcool é conhecido como uma substância depressora do sistema nervoso

Em uma luta para retomar ao estado normal, o organismo reduz a atividade de uma molécula conhecida como GABA, além de aumentar a de um químico excitatório chamado glutamato. Assim, os sintomas mentais acontecem e é esperado que você não acorde se sentindo lá muito bem, até, muitas vezes, ansioso ou deprimido por horas e dias. 

Baixa libido

A bebida induz efeito estimulante sobre alguns hormônios como serotonina, dopamina e testosterona, mas isso é o efeito primário. Posteriormente, é esperado que esses níveis caiam, podendo até suprimir a excitação ou evitar o orgasmo.  

Mais preocupante ainda é o efeito do uso crônico de álcool, que é associado à disfunção erétil e à ejaculação precoce em homens. Pesquisas com ratos já associaram essas informações e não se tratam mais de meras teorias.

Alterações no ciclo menstrual

Não bastando os prejuízos na vida sexual, é esperado também malefícios na saúde menstrual.  Pesquisas já revelaram que o etanol, presente no álcool, interrompe a forma como a glândula pituitária, que é responsável por produzir hormônios, interage com o hipotálamo — região do cérebro responsável pela regulação emocional e os ovários. Essas interações são coletivamente conhecidas como “eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (HPG).

Ela ainda interrompe a secreção do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo-estimulante (FSH), ambos parte do eixo HPG. Assim, alterações hormonais e fisiológicas e irregularidades nos ciclos menstruais são esperadas. 

Prejuízos ao sono

A ingestão de álcool pode “fragmentar” as fases do sono, desde as mais profundas até as mais leves.  Uma das fases famosas do sono, na qual ocorre a maioria dos sonhos, descansos e restauração do cérebro, também pode ser suprimida, o sono REM. Na primeira metade da noite, a pessoa pode até dormir profundamente, mas sem sonhos. Após isso, a qualidade geral do sono também estará afetada. 

mulher adormecida deitada de lado na cama
Dormir bem é essencial para evitar problemas no coração

Doenças do fígado

Por último, mas não menos importante, o surgimento ou até mesmo o agravamento das doenças hepáticas são muito comuns a partir do consumo alcoólico. Só nos Estados Unidos, para se ter uma ideia, as mortes por essas doenças têm aumentado  significativamente, refletindo em um aumento de 39% nos últimos anos, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Essa incidência costuma ser mais alta em homens e adultos com idade entre 50 e 64 anos. No entanto, essa margem também é crescente entre o público feminino e nos adultos mais jovens. Além do aumento da inflamação, o álcool pode causar a esteatose hepática, hepatite e cirrose, condições potencialmente graves. 

Considerando tudo isso, beba com moderação.

 

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

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