5 produções na Netflix com protagonistas negras para refletir sobre racismo
Filmes, seriados e documentários da lista atuam como ferramenta de empatia e ajudam a compreender os protestos em homenagem a George Floyd
atualizado
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O movimento antirracista bate à porta. Desta vez, não finja que não está em casa ou peça para ele voltar mais tarde. É hora de olhar nos olhos e escutar atentamente ao que ele diz. Mais do que isso, é necessário abraçá-lo por inteiro e demonstrar apoio, ainda que tardio, à luta contra a desigualdade racial.
Além de acompanhar as manifestações em homenagem a George Floyd e demais vítimas do racismo que ecoam pelo mundo, uma maneira de refletir sobre essa problemática e caminhar rumo à desconstrução definitiva é por meio da arte, mais especificamente das produções audiovisuais disponibilizadas a poucos cliques de distância, na Netflix.
A plataforma de streaming tem em seu hall de filmes, seriados e documentários obras protagonizadas por atrizes negras que lançam luz ao tema de maneira sensível e, para além de ensinarem história, dão aula de empatia.
Na busca pelos melhores título do catálogo que abordam o racismo, o Metrópoles selecionou cinco.
Confira!
Histórias Cruzadas
O filme é, sem dúvidas, um dos títulos mais famosos da Netflix para refletir sobre racismo. Estrelado por Viola Davis e Emma Stone, o longa se passa em uma pequena cidade do Sul dos Estados Unidos. Na trama, Emma Stone é Skeeter, uma garota da alta sociedade que passa a fazer entrevistas e acompanhar a rotina de mulheres negras que abandonaram suas vidas para criar filhos de brancos.
Cara Gente Branca
Produzida pela gigante do streaming, o seriado é sucesso de visualizações e já garantiu seu passaporte para a quarta e última temporada. A trama conta a história de um grupo de estudantes negros que vai para uma universidade americana de elite, onde precisa enfrentar os impasses do racismo estrutural. Os episódios são curtos e misturam o tema pesado com pitadas de humor irônico.
What Happened, Miss Simone?
O documentário original da Netflix narra, a partir de depoimentos e cenas raras, a trajetória de vida de Nina Simone, cantora e ativista dos direitos negros. Apesar de focar nas tensões raciais, a produção traz à tona o fator de gênero, muito defendido pela artista considerada à frente de seu tempo.
American Son
O longa é baseado em uma peça homônima aclamada na Broadway. No enredo, Kendra (Kerry Washington) vai a uma delegacia denunciar o sumiço do filho e é tratada com desdém pelo policial responsável pelo caso, que faz perguntas baseadas em estereótipos como “qual apelido o garoto tem nas ruas”. A principal denúncia da trama se volta para as instituições governamentais, que deveriam proteger o cidadão, mas, na contra mão disso, escancaram o preconceito.
A vida e a história de Madam C.J. Walker (foto em destaque)
A série acumula séquito de fãs por contar, com sensibilidade, a trajetória de Madam C.J. Walker (Charles Joseph Walker), a primeira mulher negra milionária da história dos Estados Unidos, que construiu a própria fortuna ao desenvolver uma linha de produtos para cabelos afro. Filha de dois escravos, ela superou preconceitos e abusos para se tornar uma ativista e porta-voz da comunidade negra, abrindo caminho e oportunidade para milhares de jovens.
Entenda
George Floyd foi assassinado por um policial branco durante uma abordagem, em 25 de maio, nos Estados Unidos. A causa da morte do ex-segurança negro foi asfixia. A brutalidade do caso desencadeou protestos antirracistas por todo o mundo. Os atos que ocupam as ruas clamam por justiça por séculos de violência contra a população negra.