Três técnicas de estudo incomuns que todo concurseiro tem que usar
Métodos testados cientificamente modernizam maneiras de aprender mais em menos tempo. Conheça
atualizado
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O método de estudo usado pelos concurseiros é herdado das experiências escolares e foi repetido por tempo suficiente para criar barreiras a novas técnicas. O que os cientistas da aprendizagem se esforçam em fazer é descobrir como o cérebro funciona e, a partir dessas constatações – cada vez mais avançadas –, propor técnicas que atendam a esses mecanismos.
Dois são os motivos para a resistência. Primeiro, porque repetir o que se sabe gera menos esforço do que aprender algo novo, e tudo o que um concurseiro quer é minimizar o trabalho. E, por último, qualquer novidade ou mudança provoca estranheza imediata no cérebro. A razão é pré-histórica: o que não era conhecido acendia um sinal de perigo e, portanto, para evitar uma potencial ameaça, o comportamento de esquiva era mais indicado.
Apesar da evolução dos milênios e dos avanços da Ciência, a aprendizagem tida como tradicional – a aplicada em salas de aula nas escolas e faculdades – ainda está no século 19, quando a figura do aluno passivo e obediente aos comandos do professor só replica o conhecimento, sem reflexões, sem senso crítico, sem autonomia. Definitivamente, não é esse o formato mais eficiente de assimilar os conteúdos que são cobrados em uma prova de concursos.
A partir de um levantamento das metodologias mais validadas cientificamente, a coluna Vaga Garantida indica três técnicas de estudos que fogem do tradicional e quase da lógica, porém, geram ganho considerável de tempo, de aprendizagem e de memorização.
1 – Técnica de Associação
Como adultos, os concurseiros têm aparatos de tratamento, apuração e armazenamento de informações diferentes dos que eles mesmos tinham quando crianças. Isso quer dizer que assuntos novos não podem ser estudados sem conexão com o momento presente e com o banco de dados do que já está armazenado. Essas são algumas das razões para a eficiência da Técnica de Associação.
Em sua versão mais simples, a abordagem propõe que, ao surgir um novo conhecimento, seja adotada uma postura ativa de criar vínculos com informes anteriores, sejam eles de livros, falas de professores ou de situações cotidianas. Essa é a trajetória nativa do cérebro. Tudo o que é memorizado, de assuntos complexos a lembranças de infância, se concretiza a partir de associações.
Na preparação para concursos, a ligação pode ser direta e/ou complementar, como associar um artigo do Código Penal a uma notícia de crime do jornal da tevê, como uma associação paralela, por analogia, desde que produza referências mais próximas da realidade em que se vive ou gere uma experiência emocional positiva e satisfatória.
Nas situações em que a relação natural não é possível, a opção é criá-la a partir de um cenário absurdo ou pitoresco. O resultado será o mesmo: um caminho mais rápido para lembrança do que foi estudado, habilidade que facilita a inclusão de novos itens do conteúdo programático, a resolução de exercícios e simulados. E o mais importante: ajuda a responder as questões na hora da prova.
2 – Técnica de Overlap
Do inglês, overlap é traduzido como sobreposição. Para os concurseiros (e demais estudantes), quer dizer usar mais fontes e formatos para um mesmo assunto. Ler um texto de um professor e assistir à explicação de outro, por exemplo, é uma técnica de estudo altamente eficiente. Como o tema é o mesmo, as diferenças são poucas e é o suficiente para uma percepção mais profunda e elaborada.
A principal desculpa para não usar o overlap é a falta de tempo. O raciocínio da resistência é “se passar uma vez pela teoria de tudo o que é pedido já significa correr contra o relógio, por que perder tempo vendo mais de uma vez?”.
A ciência tem alguns motivos: repetição é um dos pilares de uma boa memória – junto com as associações; usar outros recursos é mais estimulante do que uma só fonte e o caráter de novidade alimenta a concentração com mais resultado do que o mesmo material.
Nem todos os assuntos demandam uma segunda (ou terceira) opinião para se tornar consistente. A técnica é indicada apenas àqueles considerados mais complexos e aprofundados. De igual maneira, a metodologia pode ser aplicada para rever conteúdos sem a necessidade de voltar à fonte original.
3 – Técnica de cores e desenhos
Nem tudo o que foi usado como estratégia de aprendizagem na infância deve ser ignorado quando na fase adulta. Em alguns casos, o caminho é contrário, de resgate, como no uso de cores e desenhos. Os estímulos provocados pelo uso de um material colorido e ilustrado é de grande proveito para os concurseiros.
Ao contrário do que se imagina, não é um desperdício de minutos preciosos, tampouco se pode validar que a vida adulta se tornou uma massa de texto monocromática. Usar ilustrações, por mais simplórias e até estranhas que pareçam, despertam no cérebro uma capacidade de memorização fotográfica de grande valor e rápido resgate.
O ganho no registro das informações estudadas aumenta ainda mais quando são usadas cores e até “carinhas” nas formas e desenhos. Há um encorajamento do lado lúdico, amistoso e agradável. Definitivamente, usar esses elementos não é coisa de criança.
Para definir quais técnicas são mais proveitosas, é necessário experimentá-las por pelo menos três a cinco semanas, tempo suficiente para que se vença a etapa mais dispendiosa de aprender um novo método.