Quatro motivos para o concurseiro se tornar autodidata
A autogestão do conhecimento acelera a aprovação e ajuda na escolha das melhores estratégias
atualizado
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Os conteúdos cobrados nas provas de concursos não estão na grade curricular do nível médio ou mesmo de uma só graduação. Para aprender por meio da educação regular, seria necessário mais de uma formação superior. As soluções encontradas são os cursos preparatórios específicos, que ajudam mas não excluem a importância de muito estudo individual.
O desafio é superar a deficiência das metodologias de aprendizagens comuns nas escolas, que pouco ensinam sobre habilidades autodidatas. Estudar por conta própria, aprender a aprender, faz parte do tripé das capacidades essenciais para a aprovação em concursos públicos, junto com a motivação genuína de conquista do cargo e a gestão do tempo.
Algumas pessoas nascem com essa aptidão e têm facilidade de agir sozinhos mas outros precisam de um pouco mais de esforço para conseguir se tornar independentes de professores e salas de aula.
Conheça quatro motivos para investir em ser autodidata:
1) Definir o próprio ritmo de estudos
Ser capaz de gerir o próprio processo de aprendizagem significa também determinar o próprio ritmo de estudo e a profundidade de cada assunto. Uma vídeo aula em que o professor tem como didática a apresentação em uma velocidade mais lenta ou trata de assuntos básicos para um aluno com conhecimento avançado poderá ser acelerada, por exemplo.
De igual maneira, será possível pausar aquela aula em que o tópico for apresentado com mais complexidade e exigir pesquisa sobre como continuar o entendimento. Decidir como será o andamento do estudo é essencial para determinar, inclusive, quais materiais serão usados para cada disciplina, ou parte dela, e explorar toda a sua potencialidade.
Muitos estudantes não percebem, mas ter o ritmo definido pelo professor ou sistema escolhido para ter acesso aos tópicos exigidos nas avaliações interfere diretamente na energia de entusiasmo com a preparação. Caso haja discordância com a própria velocidade e cadência, existirão problemas na produtividade e, até, na otimização do tempo.
2) Criar conexões e perspectivas práticas
Estudos da Psicologia e da Educação comprovam que os adultos precisam vislumbrar aplicação prática de tudo o que aprendem. É parte do processo de motivação para o esforço exigido. A maneira mais lúdica para estimular a memória de um cérebro maduro é criando conexões.
Sendo autodidata é possível fazer pausas para buscar, quando necessário, na história pessoal ou profissional, no contexto socioeconômico e, ainda, na imprensa que vincule a teoria com a realidade. A interdisciplinaridade é um trunfo competitivo.
Tradicionalmente, estudar tem sido visto como “decoreba” ou “aprender o que nunca se verá na vida”, o que é um equívoco quando se trata de concursos públicos. Quanto maior for a associação com situações cotidianas – ainda que distantes – maior será a capacidade de memorização e lembrança na hora da prova. Consequentemente, impacta também no terceiro motivo.
3) Manter o interesse
Adultos não gostam de ser mandados. Essa é a regra…porém, na falta de saber como agir, preferem que um comando os faça se mexer a aprender a tomar as próprias ações – e, principalmente, serem responsáveis por elas.
Somado a essa realidade, sabe-se que o início da preparação costuma ser cheio de empolgação, que acaba com o passar das semanas quando não há um vínculo positivo entre o que se faz e o que se colhe imediatamente.
Para ajudar o cérebro a entender que cada dia vale a pena – já que não tem capacidade de entender o sistema límbico não entende recompensas em longo prazo – é necessário renovar os votos de entusiasmo, criar um contexto de autodesafio agradável. Forçar a barra ao estilo “missão dada, missão cumprida” funciona em curto prazo como quando edital já está na praça, mas em uma preparação antecipada, dificilmente será mantida a dedicação intensa.
Toda essa explicação foi dada para deixar claro que ao autogerenciar o aprendizado, o concurseiro também é capaz de escolher estratégias lúdicas para cada oscilação de ânimo, a fim de criar uma linha mestre de desempenho, uma “velocidade cruzeiro” que se torne a regra para se manter persistente.
4) Reduzir o custo de aprendizagem
O que os considerados nerds já sabem, e que todos podem desenvolver, é a capacidade de aplicar o que estudam por meio de um livro em vez de precisarem se matricular em um curso do mesmo assunto. Menos investimento de tempo e de dinheiro, recursos escassos para os candidatos à carreira pública.
Depois de investir em construir essa habilidade como hábito e nova mentalidade, o esforço dedicado ao planejamento e à execução das atividades se torna muito menor, representando um ganho valioso de velocidade para se preparar para as provas cada vez mais competitivas.
A boa notícia é que na curva da aprendizagem – termo usado para se referir ao gráfico que relaciona a energia exigida para adquirir um conhecimento e o tempo demandado – a linha é mais ascendente no início para depois se estabelecer uma estabilidade, tal qual um avião em sua decolagem seguida da velocidade cruzeiro, como citado anteriormente.