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O que fazer quando tudo dá errado na preparação para concursos

A vida não é cartesiana. Entenda o valor da vulnerabilidade e de pequenas ações para dar a volta por cima em sua preparação

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1 de 1 Estudos - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Por melhor que seja um planejamento, ele pode dar errado. Por melhor que tenha sido uma preparação, pode não ser suficiente para garantir a vaga. Situações frustrantes e dolorosas que os concurseiros passam todos os dias e que provocam bloqueios que demoram para serem desfeitos. Manter a persistência quando tudo dá errado é um ato de coragem.

A sensação de injustiça, de estar no caminho errado, de ser incompetente e até de impotência diante das situações consomem as emoções dos candidatos a concursos. A preparação é um ato solitário, cansativo e desgastante por si só, a recorrência de situações que provocam frustração expõe a vulnerabilidade própria de ser humano, aspecto que muitos preferem ignorar.

A vulnerabilidade não é fraqueza. De maneira alguma. É entender que há limites físicos e mentais para o cansaço. Compreender a importância de acolher as próprias emoções e entendê-las, em vez de tentar brigar consigo mesmo. Nada disso faz parte da cultura propagada no mundo dos concursos, mas faz parte da vida. Receber “nãos” é muito mais frequente do que receber “sins”.

Aprendendo com os erros
Erros são frutos da ação, da tentativa de fazer o melhor possível. A preparação para um concurso não se limita ao aprendizado do conteúdo que cai na prova, incluindo, sim, toda a prática de assimilar e memorizar, bem como o funcionamento de si mesmo.

Rejeitar o erro é repelir o aperfeiçoamento pessoal e a possibilidade de melhoria. O melhor a ser feito é olhar o “monstro” de perto, entender o processo que levou até aquele resultado e mudar a direção para as próximas ações. Entretanto, o que acontece é exatamente o contrário: as pessoas (e também os concurseiros) tendem a jogar a sujeira para debaixo do tapete e deixar que se cultive sozinha, correndo um enorme risco de ver toda situação acontecer novamente.

Seguir em frente
O mesmo acontece com as emoções. A dor de não ser aprovado por alguns poucos pontos, especialmente quando tanto se fez para conquistar a vaga, leva o candidato a um estado de apatia, de bloqueio. É muito comum acreditar que na semana seguinte a poeira terá baixado e o caminho se tornará “só seguir em frente”.

É bem difícil seguir em frente com sentimento de fracasso estampado diante dos olhos. Sem acolher a derrota de maneira adequada, deixando-se ficar chateado, descansando, cuidando de si, os dias se arrastam sem que seja viável voltar ao ritmo de estudos anterior.

Nessas horas a racionalidade não dá conta do recado. Aliás, é o momento em que toda postura de “robô-fazedor de prova” cai por terra e o ser humano ignorado volta à tona. Perder dói e ponto. E cada um precisa descobrir como lidar com esse mal de maneira saudável para continuar a busca por seu sonho.

Vida não cartesiana
Ter o material organizado, um bom plano de estudos, disciplina para cumprir os horários, método de aprendizado são elementos essenciais para que o projeto funcione. Controles que colaboram para a consistência das ações da proposta de se tornar servidor público. Um plano perfeito… executado por pessoas, totalmente imperfeitas.

Por que, então, tantos planejamentos e metas dão errado? Há dois motivos principais: quando são elaborados omitem imprevistos ou fatores externos; ou exigem mais do que se é possível cumprir

O momento da montagem de um plano de estudos – como uma grade horária – tem um entusiasmo e uma visão dos dias que se seguem diferentes de quando será executado. Além disso, trata-se de uma projeção, um desenho do que se deseja realizar, passível de mudanças e necessidades de renegociação.

Dificilmente uma grade fixa inflexível, nos moldes dos horários escolares, conseguirá ser mantida por muito tempo. Os concurseiros se esquecem de que são adultos e, por isso, têm muito mais papéis e responsabilidades do que no tempo da escola.

Dois cérebros em um só
É impossível, por mais que se tente, separar os lados emocional e racional do cérebro. O melhor a ser feito é buscar caminhos para manter os dois pratos da balança em menor oscilação possível. Não tem receita pronta para isso, as descobertas ocorrem à medida que a vulnerabilidade é aceita e cultivada. Um ato de coragem e carinho por si mesmo.

A prática da auto-observação é importante para esse equilíbrio. Diversos estudos têm provado o seu valor e eficácia. É certo que não há como controlar as emoções, entretanto é possível tirar um melhor proveito delas a todo o momento, até quando tudo dá errado.

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