metropoles.com

INSS pede urgência para realizar concurso com mais de 13 mil vagas

Em outra frente, órgão corre contra o relógio para conseguir permissão a fim de aproveitar aprovados no certame de 2015

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O tempo corre contra os planos de reposição dos servidores no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em agosto, expira o prazo do concurso realizado em 2015 e o órgão ainda aguarda permissão para poder aproveitar os 2.644 classificados nesse certame. Em outro pedido, enviado ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPOG) em novembro de 2017, a entidade solicitou liberação para preenchimento de 13,9 mil vagas, sendo 10.101 delas somente para o cargo de técnico do seguro social.

A carência de pessoal é consequência do aumento acelerado de aposentadorias. Pelo menos 314 das 1.613 agências em funcionamento têm entre 50% e 100% do quadro de trabalhadores com pedidos de passarem para a inatividade, segundo levantamento do INSS apresentado ao Planejamento no início de 2018. O número pode chegar a 12 mil até o fim do ano que vem.

A evasão tem ocorrido como resultado de uma jogada que adiou os desligamentos, mas, sem ter implementado uma política de reposição, ameaça a paralisação dos serviços à população. Em 2016, a Lei nº 13.324 garantiu aos servidores aptos a passar à condição de inativos o direito a incorporarem a Gratificação da Atividade do Serviço Social (GDASS), desde que a opção se desse entre 2017 e 2019.

O benefício seria gradativo conforme média dos rendimentos da GDASS nos 60 meses anteriores, sendo 67% em 2017, 84% em 2018 e 100% em 2019. Antes dessa medida, ao deixarem a ativa, havia perda de 50% dessa gratificação. Entre as alternativas para restabelecer os quadros de profissionais, o INSS solicitou o aproveitamento dos aprovados na seleção realizada há três anos.

Os 950 classificados dentro das vagas oferecidas para técnicos e analistas foram convocados e, até meados de agosto – quando vence a prorrogação do prazo de validade –, ainda é possível recorrer ao cadastro de reserva. O Decreto 6.944/2009 só permite a liberação de 50% do total dos cargos oferecidos inicialmente, ou seja, 475. Entretanto, a expectativa é que se consiga autorização para um número maior.

Passos lentos
Em paralelo, foi encaminhada ao Ministério do Planejamento, em novembro, junto com o estudo das necessidades, a solicitação para preencher 13.904 postos, sendo 10.101 para técnicos, 1.657 analistas e 2.146 peritos. O pedido avança a passos lentos. No início de abril, deixou a Divisão de Concursos Públicos – onde tramitou por cerca de um mês – e seguiu para Coordenação-Geral de Benefícios Previdenciários. Se seguir os trâmites corriqueiros, ainda passará pela Coordenação de Gestão de Pessoas, Secretaria de Orçamento Federal, Secretaria-Executiva, Consultoria Jurídica e, só então, seguirá para a autorização do gabinete do ministro Esteves Colnago.

Depois da autorização, o INSS terá seis meses para divulgar o edital de abertura e outros 60 dias, no mínimo, para realização das provas objetivas e de todas as demais etapas. Ou seja, não se pode esperar por novos servidores em menos de um ano, apesar de o assunto ter passado a ser parte das prioridades do Executivo nacional.

Enquanto a solução não chega, o INSS tem promovido concursos internos de remoção e ampliado a estrutura da Central de Atendimentos. Além disso, recentemente lançou o Portal Meu INSS. Internamente, está em fase de implementação o INSS Digital, que tem alterado o fluxo de trabalho e promovido a digitalização de processos a fim de reduzir custos e dar mais celeridade às rotinas.

Mais de 1 milhão de inscritos
A última seleção ganhou destaque por ter atraído um número impressionante de candidatos: mais de 1,1 milhão. Nos últimos sete anos, só outros dois concursos tiveram procura semelhante: o da Caixa em 2014, com 1,15 milhão de interessados, e o dos Correios em 2011, com 1,12 milhão.

Das vagas oferecidas, 800 foram para técnico e 150 para analista com graduação em serviço social. O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe, antigo Cespe) foi responsável pelo processo seletivo. Em 2011, a Fundação Carlos Chagas ficou à frente da seleção de 1.875 novos servidores. À época, 11.760 candidatos se inscreveram para concorrer aos 375 cargos de médicos peritos e 904.459 para os 1,5 mil de técnicos.

Os candidatos a técnico devem ter nível médio; já os analistas precisam ser graduados, e os peritos obrigatoriamente devem apresentar formação em medicina. Além da área de serviço social, para o próximo concurso devem ser contemplados os graduados em administração, engenharia, direito, pedagogia, psicologia, comunicação, ciências sociais, arquitetura, letras e outras para o cargo de analista.

A grande expectativa de vagas e do aproveitamento de aprovados deve chamar atenção mais uma vez dos candidatos, especialmente motivados pelas remunerações iniciais, que variam entre R$ 5,3 mil e R$ 8,9 mil. Entretanto, o quantitativo pedido ao MPOG não deve ser liberado de uma só vez e, sim, espera-se a criação de uma agenda de seleções com nomeação escalonada, para atender aos requisitos orçamentários.

A coluna Vaga Garantida é publicada aos domingos

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?