Fuja destes 4 pecados cometidos por concurseiros na hora de estudar
Escolhas equivocadas atrapalham a produtividade e o aprendizado para as provas em seleções públicas
atualizado
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Na intenção de encontrar o melhor caminho e se preparar para as provas de concursos públicos, os candidatos esbarram em atitudes que sabotam a produtividade e o bom desempenho ao aprender os conteúdos cobrados. Pecados que minam recursos escassos, como tempo, energia e disponibilidade emocional.
Ter consciência sobre essas atitudes torna possível adotar novas escolhas que promovam os resultados desejados e interrompam os ciclos desgastantes. Um dos principais pilares desse processo de descoberta é o conjunto de crenças, comportamentos e valores arraigados socialmente. Reconstruí-lo em prol de uma vivência positiva enquanto se prepara para os processos seletivos é o grande desafio.
Ainda se preserva, por exemplo, a ideia de que é preciso se anular e se afastar do convívio social e familiar para ser bem-sucedido e se tornar servidor público. Na mesma linha de raciocínio, perpetua-se o entendimento de que são longas e exaustivas horas de estudo que viabilizam a aprovação.
Não, concurseiro não tem que sofrer, se isolar nem se desrespeitar para conquistar um cargo no governo. Nada disso é necessário. E é por isso que a coluna Vaga Garantida aponta os quatro pecados mais frequentes cometidos por aqueles que ainda pensam e agem de maneira equivocada durante a dedicação para as provas.
Pecado um: criar horários de estudo engessados
Um quadro de horários de estudo que não permite negociação e segue o mesmo modelo rígido da grade escolar tem grandes chances de falhar. Adultos têm mais responsabilidades e papéis do que um jovem que ainda está no colégio: trabalho, família, relacionamentos, filhos, faculdade. Atividades que exigem uma divisão ponderada das 24 horas disponíveis.
Por isso, uma tabela fixa se transforma em referência a ser validada toda semana e a cada dia, a fim de permitir adaptações conforme as demandas. Evitar esse pecado significa reduzir as possibilidades de sentimento de culpa e de frustração que o não cumprimento conforme foi pré-determinado pode gerar.
Sem contar que a visão que se tem dos compromissos e tarefas dos próximos dias, ao se preencherem os campos de estudo na agenda, precisa ser levada em consideração, até para explorar melhor a disposição física e mental.
Pecado dois: desconhecer como aprende
Os tempos de escola impactam também as metodologias e as técnicas usadas para estudar os conteúdos. Há um conflito muito relevante: a maneira com que adultos aprendem é muito diferente de como ocorre com as crianças. Por essa razão, usar exatamente o mesmo método impositivo, repetitivo e sem autonomia surte pouco efeito e provoca desgaste.
Para evitar esse pecado, o primeiro passo é investir em descobrir como decorre o processo de entendimento e de retenção dos assuntos vistos. Há variações individuais provocadas pela vivência, construção de raciocínio e lógica de pensamentos, valores e crenças. Sem contar que, quando somos mais velhos, novas informações precisam fazer sentido e provocar a sensação de utilidade para serem armazenadas.
A escolha do formato dos materiais também faz diferença. Os canais de aprendizagem, por exemplo, ajudam a decidir se os recursos mais efetivos são visuais, auditivos ou sinestésicos – opções que não eram consideradas ou sobre as quais não se tem voz ativa na decisão, enquanto se é criança.
Pecado três: ignorar os próprios limites
Querer adotar uma postura sobre-humana tem sido comum entre os concurseiros. Esse pecado acontece por dois motivos principais: desconhecimento e desrespeito sobre os próprios limites.
A produtividade nos estudos pressupõe se aprofundar no entendimento de como o cérebro, as emoções e o corpo funcionam. Descartar o descanso e o período de maturação das ideias aprendidas equivale a jogar fora o esforço de horas dedicadas.
Há alguns padrões de referência dessas limitações. Entretanto, também existem variações particulares, que envolvem hábito de estudo, tempo disponível, capacidade de memorização, preocupações, cansaço físico, entre outras circunstâncias. Sendo assim, o caminho é agir com ponderação e prudência, à medida que se conhecem as margens de ação.
Pecado quatro: não tem o hábito da autoavaliação
O quarto pecado também tem origem no histórico escolar. O ritmo de ter contato e de entender as disciplinas é definido por terceiros, assim como é terceirizada a avaliação do que ficou retido na memória. A falta de independência, de prática do controle de resultado e da autoavaliação levam ao medo de passar por uma prova, provocando o famoso “branco” e situações de ansiedade antes e durante as avaliações.
É um ciclo destrutivo: sentir insegurança para responder às questões anteriores, evitar a análise crítica sem julgamentos dos acertos e dos erros e deixar de promover ajustes para direcionar os resultados à melhoria contínua. A falha em qualquer um ou em todos esses pontos destrói o sonho da carreira pública.
Se a apuração de conhecimento é feita pelas provas, não há por que se restringir só às leituras e às anotações dos conteúdos. De igual maneira, é um erro se privar da realização de simulados semanais ou quinzenais, para apurar o progresso por conta própria, por medo do que será explícito e aguardar a prova para descobrir se aprendeu ou não as matérias.