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Três Anúncios Para um Crime: filme “antenado” que pode ganhar o Oscar

Dirigido pelo inglês Martin McDonagh, o longa é um dos favoritos ao prêmio por combinar grande elenco com temas do momento

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três anuncios para um crime lucas hedges frances mcdormand THREE BILLBOARDS OUTSIDE OF EBBING, MISSOURI
1 de 1 três anuncios para um crime lucas hedges frances mcdormand THREE BILLBOARDS OUTSIDE OF EBBING, MISSOURI - Foto: Fox/Divulgação

Três Anúncios Para um Crime (leia crítica) é o filme do Oscar 2018 mais conectado às angústias do presente. Está há duas semanas em cartaz nos cinemas e acumula, segundo dados da agência comScore levantados até domingo (25/2), público acumulado de pouco mais de 203 mil pessoas no Brasil.

Nada mal para uma produção indie (custou US$ 12 milhões) que disputa espaço no circuito com o blockbuster Pantera Negra e outros postulantes à estatueta, como A Forma da Água, visto por mais de 610 mil pessoas no país. Mundialmente falando, é uma atração que de fato tem conversado com as plateias: bilheteria de US$ 121 milhões, com potencial de crescimento pós-Oscar.

Três Anúncios Para um Crime tem gerado discórdia entre os espectadores. Alguns acusam o filme de usar uma trama sobre violência contra a mulher – a protagonista, Mildred (Frances McDormand), procura pelos assassinos que estupraram e mataram sua filha – na tentativa de redimir personagens repugnantes, como o policial racista Dixon (Sam Rockwell). Seria uma indigesta fábula sobre a necessidade de conciliação na era Trump?

 

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Mildred aluga outdoors para denunciar o assassinato da filha e a falta de atenção das autoridades
Willoughby (Woody Harrelson) e Dixon (Sam Rockwell): xerife e policial diante dos outdoors
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Mildred (Frances McDormand) e James (Peter Dinklage): os efeitos colaterais de um crime numa cidade pequena

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Mildred aluga outdoors para denunciar o assassinato da filha e a falta de atenção das autoridades

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Willoughby (Woody Harrelson) e Dixon (Sam Rockwell): xerife e policial diante dos outdoors

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Defensores encontram no longa uma estratégia franca, direta e objetiva para atacar, de uma só vez, alguns dos principais problemas do conturbado mundo atual. A truculência policial, o racismo, a homofobia, a inércia das autoridades, os sofrimentos de mulheres que convivem com homens machistas e violentos, os efeitos colaterais de comportamentos abusivos.

Tudo isso e mais um pouco – há até espaço para o anão James (Peter Dinklage, astro de Game of Thrones), também vítima de preconceito em Ebbing, cidade fictícia do Meio-Oeste americano onde a trama se passa.

Quem odeia (ou simplesmente não gosta de) Três Anúncios o compara a Crash: No Limite (2004), vencedor do Oscar com discurso e trama parecidos: histórias interconectadas sobre intolerância e racismo em Los Angeles. Um curto-circuito em forma de filme. Ou apenas um espelho que tenta ser mais torto e totalizante do que a realidade.

Quem ama (ou simplesmente gosta) enxerga nele a oportunidade de debater males contemporâneos de um jeito envolvente, com personagens que se cruzam, se repelem e se atraem em torno das mesmas contendas sociais.

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