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O melhor filme sobre esta eleição americana é “A Conspiração”, de 2000

A trama, sobre a primeira mulher escolhida para a vice-presidência, mostra uma representação do que aconteceu com Hillary Clinton.

atualizado

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Paramount Pictures
A Conspiração
1 de 1 A Conspiração - Foto: Paramount Pictures

No longínquo ano de 2000, o diretor americano Rod Lurie fez um thriller político em que o presidente dos Estados Unidos nomeia uma senadora para a vice-presidência. Seria uma história inspirada por Hillary Clinton, senadora que acabara de virar ex-primeira dama e ainda trilhava o próprio caminho político? De propósito ou não, “A Conspiração” é a melhor pedida para quem quer refletir sobre a campanha que acaba de terminar nos EUA.

Após a morte de seu vice-presidente, Jackson Evans (Jeff Bridges) convida Laine Hanson (Joan Allen), senadora de seu partido, para ser sua vice, o que seria o posto mais alto já alcançado por uma mulher no país. Como Evans já é presidente eleito, a senadora tem pela frente não um processo eleitoral, mas sim de aprovação por uma câmara e um senado dominado por homens brancos.

Seu maior opositor é o deputado Shelley Runyon (Gary Oldman), provido de uma mídia louca por escândalo. Com uma completa falta de evidências de desvios por parte da senadora, a oposição é forçada a apelar com histórias e insinuações sensacionalistas sobre sua vida pessoal.

Recusando-se a responder a qualquer pergunta no âmbito pessoal — aquele tipo de pergunta que os homens do Congresso fariam a mulheres mas nunca a homens –, Laine Hanson é movida mais por uma ideologia feminista do que pela praticidade (descobrimos no fim do filme que ela poderia desmentir o “escândalo” facilmente, se quisesse).

Dezesseis anos atrás ainda não se imaginava que uma mulher teria chances de atingir o cargo máximo do poder americano, como quase aconteceu com Hillary Clinton. Portanto devemos perdoar essa pequena falta de ambição ao roteirista.

Existem vários filmes e seriados com mulheres no cargo de presidente dos Estados Unidos. Porém, nenhum mostra o processo de seleção e candidatura, juntamente com a hipocrisia e o machismo que a candidatura de Clinton trouxe das telas para a vida real em 2016.

Para terminar, o excelente discurso do fim do filme. Não foi à toa que Barack Obama nomeou Jackson Evans como seu presidente favorito do cinema. No cinema, um final feliz:

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