Netflix: Porta dos Fundos transforma Última Ceia em Se Beber, Não Case
O especial de Natal da trupe provoca e entrega um material bastante divertido
atualizado
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Polemizar é a premissa principal do Porta dos Fundos: por meio de um humor inteligente, a trupe toca em assuntos tabus na sociedade. Portanto, o especial de Natal encomendado pela Netflix segue essa linha provocativa. Afinal, transformar a Última Ceia em uma paródia de Se Beber, Não Case é, no mínimo, corajoso.
Com 44 minutos de duração, o filme parece uma versão estendida das esquetes publicadas semanalmente no YouTube. Porém, não estaria na lista dos melhores episódios. Tampouco seria um dos piores. A produção cumpre o propósito: faz um humor ácido, sem grandes arroubos e entrega um enredo de consumo rápido.
Basicamente, os episódios que antecedem a crucificação de Jesus ganham uma releitura, digamos, bem mais diferentona. Cristo, interpretado por Fábio Porchat, é traído pela própria festança que armou em uma taberna.
Assim, os 12 apóstolos, incluindo Judas, acordam completamente ressaqueados após uma farra. Sem lembrar de nada, e com um tigre no banheiro (lembram de algum filme?), ele tenta reconstituir a famosa noite e, principalmente, encontrar Jesus.
A releitura, ao contrário da versão bíblica, termina com um final mais feliz. Aqui não vale spoiler, mas compensa dizer: a produção é capaz de arrancar boas risadas. Destaque para Paulo Vieira, como Pedro, certamente protagonizando as cenas mais engraçadas.
Caso você não seja um religioso fervoroso e aceite embarcar na brincadeira proposta pelo grupo, o Especial de Natal do Porta dos Fundos é uma boa atração para terminar o ano em alto-astral. Caso contrário, passe longe – e perca muita diversão.
Avaliação: Bom